Ele explicou que, há um ano, a cooperativa não tinha praticamente negócios, cumpria com suas obrigações rigorosamente e com uma incerteza enorme de não poder vender, mas esse cenário mudou, os preços não são o que “precisamos, mas mudaram substancialmente. Quase duplicaram e também há demanda dos mercados. Tudo isso significa firmeza nos negócios, o que representa um cenário oposto ao que se vivia há um ano”.
Ámbrois, que participou recentemente do lançamento da lista 1010 que impulsiona a Associação Nacional de Produtores de Leite (ANPL) às próximas eleições da Conaprole, ressaltou o modelo de gestão que a cooperativa vem trabalhando há vários períodos em contato contínuo com os produtores.
Ámbrois destacou o modelo que necessita o sustento de um trabalho ordenado e sério a cargo de uma equipe profissional de alto nível que dispõe a cooperativa. Ele disse que as virtudes desse modelo estão nessas situações de mudança de atividade, resistindo por exemplo às adversidades do período anterior de gestão com a seca de 2008-09, e na atual conjuntura, de enormes dificuldades que o setor leiteiro viveu. Inclusive, a boa administração permitiu gerar um fundo de estabilização que permite atenuar a fase de ciclos em baixa.
Ele disse que, lamentavelmente, o atual ciclo foi tão duro e extenso que estendeu todas as previsões que tinham gerado. Em sua opinião, se intui que se está transitando por uma mudança de ciclo no mercado leiteiro internacional, para o qual “nos prepararemos para um novo cenário sempre com a preocupação central de gerar as melhores condições para o produtor”. Ele disse que a meta desse movimento de produtores é maximizar o preço nos momentos favoráveis e minimizar a queda desse valor nos momentos difíceis, como o que ocorreu na atual conjuntura.
O dirigente reconheceu que, além do que se pode melhorar o modelo de gestão, às vezes não é suficiente em uma atividade que depende de 70% dos mercados de exportação para a comercialização de seus produtos. Nesse tema, disse que é necessário fazer uma reflexão para ver “onde estamos e o que ocorreu com o resto das indústrias nacionais e estrangeiras; aqui é onde estamos convencidos de que esse é o modelo a seguir”.
Ele admitiu que a cooperativa segue com investimentos que são necessários em dois sentidos: os que dão respostas ao aumento das captações de leite de seus sócios, aumentando sua capacidade industrial com uma antecipação de dois anos, e os investimentos que permitem pagar um melhor preço ao produtor, tendo acesso com diferentes produtos a mercados mais exigentes e melhorando em eficiência nos processos industriais.
As captações de leite pela Conaprole nesses dias de outubro estão em 4,5 milhões de litros diários, 6% a menos que em 2015. As captações de setembro ficaram 8% menores que no mesmo mês do ano anterior.
As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint.