Preços internacionais em queda na Europa e Oceania

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos no Oeste da Europa e na Oceania, entre 15 e 28 de agosto, apresentaram queda para todos os produtos, comparados à quinzena anterior. A queda mais acentuada foi observada na preço médio do leite em pó integral, na Oceania.

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Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), os preços de exportação de lácteos no Oeste da Europa e na Oceania, entre 15 e 28 de agosto, apresentaram queda para todos os produtos, comparados à quinzena anterior. A queda mais acentuada foi observada na preço médio do leite em pó integral, na Oceania.

No Oeste da Europa, os preços do leite em pó integral variaram entre US$ 3.800/t e US$ 3.950/t (média de US$ 3.875/t), mostrando queda de 3,1% em relação à quinzena anterior. Para o leite em pó desnatado, os preços ficaram entre US$ 3.100/t e US$ 3.250/t, com queda de 4,5% em relação à média da quinzena anterior. Os valores para o soro de leite oscilaram entre US$ 550/t e US$ 600/t, média de US$ 575/t, com queda de 8% em relação à quinzena anterior.

De acordo com informações publicadas no Dairy Industry Newsletter, a produção de leite em pó integral na Europa tem sido elevada neste ano como resposta aos preços proporcionalmente melhores para esse produto em relação ao leite em pó desnatado. A produção no segundo trimestre foi cerca de 20% maior comparado ao mesmo período de 2007.

Além da maior produção, a queda nas cotações do leite em pó integral na Europa vem em seqüência do leilão realizado pela Fonterra para o produto a ser entregue em outubro - US$ 3.705/tonelada, representando redução de 15% sobre o leilão anterior. A ABARE, da Austrália, prevê preços médios de 5 a 15% mais baixos no ano que vem, em comparação a 2008.

Na Oceania, o preço médio do leite em pó integral, US$ 3.600/ton, apresentou queda de 13,2% em relação à ultima quinzena, com valores entre US$ 3.400/ton e US$ 3.800/ton. Os valores do leite em pó desnatado ficaram entre US$ 3.100/t e US$ 3.500/t, média de US$ 3.300/ton, um recuo de 7,7% em relação à quinzena anterior.

Os valores médios da manteiga foram de US$ 3.600/t na Oceania, queda de 8,9% em relação à quinzena anterior, e US$ 3.975/t no Oeste da Europa, queda de 3%.

Gráfico 1. Evolução dos preços de exportação de lácteos do Oeste da Europa, em dólares por tonelada.

Figura 1

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Na Oceania, o preço médio do queijo cheddar ficou em US$ 4.600, queda de 8% frente à quinzena anterior, com valores entre US$ 4.400/t e US$ 4.800/t.

Gráfico 2. Evolução dos preços de exportação de lácteos da Oceania, em dólares por tonelada.

Figura 2

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Marcos Tadeu Cosmo
MARCOS TADEU COSMO

SALES - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/09/2008

A alternativa colocada pelo Sr. Marco Aurelio parece boa.
Porém não sei avaliar a dificuldade de se conseguir uma genetica com zebuinos que permita uma produção de 15/20 litros com cascalho e caruru, alem do pasto pobre e sem bezerro ao pé.

Temo ainda que se der certo, os espertalhões de plantão vão fazer o preço do cascalho e do caruru subir muito. Talvez a Embrapa possa dar uma luz quanto a possibilidade.

Vale tentar!
Marcos
Marco Aurélio Weyne
MARCO AURÉLIO WEYNE

BRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL

EM 04/09/2008

Uma alternativa - a médio e longo prazo - para o futuro do segmento produtor de leite na América do Sul? Pesquisa e desenvolvimento maciço na genética zebuína leiteira. Gado alimentado à cascalho e caruru, quando muito, e com produções médias entre 15 e 20 litros, com baixissimo nível de despesas veterinárias e zootecnicas. Mais femeas por rebanho. Esquecer de problemas como casco, mastite e estresse termico.

Tratamento a pasto exclusivamente, e pasto fraco. Criação num carater muito mais extensivo do que a tendencia mundial. Tudo contra a corrente. Um paradigma revolucionário até para os neozelandezes. Preço de produção por litro a níveis baixíssimos. Se nós não pegarmos esta onda, a India a surfará direitinho e colocará no mundo, em breve, este leite quase que de graça. Atenção! Lá vem mais uma ironia da historia.
Selmo Rosa de Araujo
SELMO ROSA DE ARAUJO

GUARACI - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 01/09/2008

Eu trabalho com uma empresa que vende ração para bovinos de leite, e com a queda do preço do leite as vendas estão sofrendo baixas contantes e se estas baixas de preços persistirem, vai se tornar inviavel o uso de ração para bovinos de leite no Brasil, e para muitos produtores a atividade se tornara insustentavel.

Que tipo de atitude é a mais aconselhavel para o momento? Muitos produtores mensionarão acabar com o plantel. Quais são as perspectiva para o futuro da atividade? É uma fase e passará ou entramos em uma crise sem precendentes de fim? Por favor, respondam.
Qual a sua dúvida hoje?