De janeiro à primeira semana de dezembro, segundo o USDA, o leite em pó integral registrou alta de 33,5%, o leite em pó desnatado de 37,4% e o soro de leite de 62,5%.
Segundo o site Agrodigital, os preços dos produtos europeus devem ser reduzidos na primavera (de abril a junho), em função da maior oferta estacional na região, e se recuperam no outono (de setembro a novembro), com a queda da produção. O site também informa que até setembro deste ano houve uma produção cerca de 1,3% inferior à verificada no mesmo período de 2005, em virtude das adversidades climáticas.
O mesmo ocorre na Oceania, onde o leite em pó integral ficou em média a US$ 2,58 por quilo (o maior valor registrado entre 2005 e 2006), e alcançou o teto de US$ 3,00. No mesmo período de 2005, o preço médio foi de US$ 2,25 por quilo.
Desde janeiro o leite em pó integral para exportação registrou aumento de 18,3% e o leite em pó desnatado de 29,6%.
Na Austrália, o principal fator responsável pela alta de preços é a seca, que, segundo o Dairy Australia, poderá reduzir em cerca de 7% a produção de leite neste ano fiscal.
Em novembro, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o valor médio do leite em pó integral brasileiro esteve cerca de 25,5% abaixo do cotado no Oeste da Europa e 16,7% inferior ao da Oceania. Nos próximos meses, espera-se uma reversão desse quadro a medida que novos contratos de exportação são firmados por empresas brasileiras.
Essa elevação no mercado internacional deverá repercutir já no início do ano no mercado interno, elevando os preços de leite.
Gráfico 1. Evolução dos preços de leite em pó integral para exportação em dólares por quilo.

*Os preços do Oeste da Europa e Oceania se referem à cotação realizada até o dia 10 de dezembro.
Fontes: USDA, Secex/MDIC
Elaboração: Equipe MilkPoint