Preços em queda: oferta alta e recuo no consumo

O aumento da oferta e a queda no consumo, tanto no ambiente doméstico quanto no internacional, têm provocado significativa redução nos preços do litro de leite pago ao produtor nacional. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, esse quadro se deve a fatores como a redução da importação por países que são tradicionais compradores e do poder de compra da população brasileira, diante da alta dos preços dos alimentos de forma geral. "Este fator é terrível em um momento que temos alta dos custos de produção", afirma.

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O aumento da oferta e a queda no consumo, tanto no ambiente doméstico quanto no internacional, têm provocado significativa redução nos preços do litro de leite pago ao produtor nacional. Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, esse quadro se deve a fatores como a redução da importação por países que são tradicionais compradores e do poder de compra da população brasileira, diante da alta dos preços dos alimentos de forma geral. "Este fator é terrível em um momento que temos alta dos custos de produção", afirma.

Em Minas Gerais, principal produtor de leite no País, há ainda a questão tributária. Alvim explica que São Paulo - destino de boa parte da produção do leite cru para industrialização - adotou medidas tarifárias que inviabilizaram a venda do produto mineiro para aquele Estado. "Perdemos a competitividade", diz Alvim, que também é Vice-Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), onde foi realizada ontem (03) uma reunião na qual ficou definida a criação de um grupo de trabalho para elaborar uma proposta ao governo estadual para minimizar as perdas do setor com a questão tributária.

Alvim informou que foi retomada, no encontro, a discussão sobre um programa de marketing para o leite, que envolve toda a cadeia produtiva e visa incrementar o consumo de produtos lácteos no País, para ajudar a conter a queda dos preços, bem como na busca por novos mercados.

Segundo Alvim, os principais Estados produtores de leite já começam a tomar providências em razão do cenário desfavorável à produção leiteira. O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA disse, ainda, que deverá haver uma reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Pecuária de Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), neste mês, para discutir o quadro do setor no âmbito nacional.

As informações são da Agência CNA, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 06/09/2008

Infelizmente esse quadro é horrível para o segmento, porém ninguém fez nada até hoje para salvaguardar, nós produtores rurais de leite. Espero que agora que a crise se instalou de fato, eles, nossos representantes de classes e autoridades, estaduais e federais, pensem em nós produtores, porque até agora no País, só quem está ampliando e expandindo são os laticínios,induatrias e cooperativas de leite.

Creio que aliado a essa situação estão incrustados problemas de regulamentação de procedimentos em nossas cooperativas de leite, elas deveriam serem monitoradas como são as cooperativas de crédito pelo Banco Central, com normas de procedimentos rígidos de controle. Paralelo isso, também deveriam ser tomadas medidas moralizadoras junto às mesmas, como está sendo feito no serviço público, cooperativa é atividade coletiva, tem que ter regramento rígido, afinal elas já deveriam estar brigando pelo tabelamento ou um indexador para atualizar o prêço do litro de leite que pagam a seus cooperados e não deixar o barco rolar como tem feito, seguindo a regra como dizem do mercado, argumento usado pelos laticínios, industrias e as próprias cooperativas de leite para nos explorar, pois sabemos muito bem que do leite in natura que fornecemos é que são feitos os seus derivados do leite como manteiga, queijos, creme de leite, leite condensados, qualhadas etc.

Pergunto, é possível o produtor ser remunerado somente em 30% do litro do leite longa vida vendido no atacado? A meu ver, isso é um absurdo, só a margem de lucro dos supermercados giram em torno de 20%, é justo? Em comparação a nós produtores rurais de leite. Dessa forma é preferível voltar com o tabelamento pelo menos, para nos resguardar da manipulação exploratória dos prêços e da formação de carteis. Na época do tabelamento, se pagava ao produtor rural de leite 60% do prêço litro de leite vendido no atacado o que seria hoje R$ 0,75 e não os R$ 0,60 que é o prêço que estão pagando por aí. O raio x da questão está aí para todo mundo ver, estamos na mão de um mercado manipulado com prêço vil para nós produtores rurais de leite. Estamos esperando dos nossos representantes de classes que até então, têm se mantido alheio a isso tudo, está na hora de enfrentarmos o bicho de frente; mas em busca de regras regulamentatória, ou seja através de um indexador em cima dos produtos derivados do leite ou simplesmente pedir ao governo a implentação e adoção do tabelamento para o litro de leite.

O que não pode é o produtor rural de leite ser manipulado e explorado da forma que vem sendo pelas industrias, laticínios e cooperativas de leite, que nos remuneram balizando o prêço somente em cima do leite longa vida, vendido no atacado, sendo que na verdade do leite se extrai dezenas e/ou centenas de derivados. Espero que não estejam querendo ver o nosso rebanho leiteiro virar Boi de corte ou vendido para o abate, e isso não é novidade, muitos colegas já começaram a sacrificar algumas matrizes na minha região de Leopoldina.
Qual a sua dúvida hoje?