No caso do milho, o valor obtido no atacado de São Paulo bateu recorde. A saca de sessenta quilos obteve o maior preço desde fevereiro de 2003, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação a janeiro de 2006 o preço do milho esteve 36,5% superior, e 39,7% mais caro se comparado a janeiro de 2005.
Segundo a Síntese Agropecuária da BM&F, os valores do milho no Sul e em parte do Sudoeste se mantém em alta devido à demanda internacional aquecida, em que os preços internos praticados seguem balizados pelos preços de exportação.
De acordo com a projeção feita pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção mundial desta safra deve ter uma queda de 0,46%, enquanto o consumo mundial deverá ter acréscimo de 3,89% comparado ao mesmo período do ano passado, impulsionado principalmente pela produção de etanol de milho nos Estados Unidos.
Gráfico 1. Preços de milho em grão (saca de 60 quilos) no atacado de São Paulo.

Fonte: Conab
A BM&F divulgou também que em janeiro as negociações de mercado futuro bateram recordes, tanto do milho quanto da soja.
No caso da soja em grão no atacado de São Paulo, o aumento de preços foi mais modesto. Segundo dados da Conab, em janeiro houve um acréscimo de 12,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Já o preço farelo de soja obteve um aumento de 5,2% no mesmo período no Paraná. Porém, se comparado a agosto do ano passado, o farelo de soja esteve 21,2% acima e o grão 22,8% mais caro em janeiro.
Equipe MilkPoint
