Preço do leite A não acompanhou aumento

Enquanto os preços do leite B e C tiveram altas significativas neste ano em função da elevada demanda, o leite tipo A aumentou em menores proporções. Segundo Roberto Jank Jr., diretor da Agrindus, desde abril o leite A aumentou cerca de 10%. Ele explica que o mercado de leite A é menos volátil, com menores oscilações no consumo, e há um pequeno percentual da população que consome esse tipo de leite.

Publicado por: MilkPoint

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Enquanto os preços do leite B e C tiveram altas significativas neste ano, o leite tipo A aumentou em proporções bem menores. Desde abril, o leite A aumentou cerca de 10%, segundo Roberto Jank Jr., diretor da Agrindus, empresa que produz cerca de 15 mil litros por dia de leite A, cremes e iogurtes com as marcas "Letti" e "Leite da Fazenda Agrindus". De acordo com ele, a garrafa de um litro do leite A é vendida a cerca de R$ 1,80 no atacado e entre R$ 2,00 e R$ 2,20 no varejo.

Ele explica que o mercado de leite A é menos volátil, com menores oscilações no consumo, e há um pequeno percentual da população que consome esse tipo de leite, que, no entanto, são consumidores fiéis. Para ele, o mercado não é como o de longa vida ou do leite tipo C, que depende muito da oferta. A produção nacional desse tipo de leite, segundo ele, gira em torno de 50 milhões de litros anuais.

Parte da explicação para maior estabilidade na oferta vem pelo fato de ser produzido basicamente por gado especializado, segundo Elder Marcelo Duarte, diretor da Salute. E, assim, no inverno produzem em maior quantidade, ao contrário da produção da maior parte do leite nacional, que diminui com a redução das temperaturas e período mais seco, em função da menor quantidade disponível de pastagem.

Duarte disse também o aumento no preço do leite A não foi muito significativo porque este segmento quer ocupar um maior espaço no mercado, aproveitando a alta nos produtos concorrentes para se posicionar.

"Acredito que haveria espaço para um reposicionamento de preços do leite tipo A", diz Marcelo Pereira de Carvalho, diretor de marketing da Láctea Brasil e diretor da AgriPoint. "Há casos em que o UHT está mais caro do que o leite A, que poderia lançar mão dos atributos para se posicionar em um patamar de preços um pouco mais alto, uma vez que atende a um público pequeno, mas mais exigente", reflete.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Leite Longa Vida (ABLV), o leite UHT representou em 2006 75,8% do mercado de leite fluido, com a produção de 5,05 bilhões de litros.

O consumo de leite tipo A, segundo a ABLV, cresceu apenas 25% entre 1996 e 2004, enquanto o leite UHT cresceu 159%. O consumo total de leite fluido tece um acréscimo de 45% no mesmo período.

A empresa Salute terceiriza sua produção de leite tipo A em parceria com a Xandô, da Fazenda Colorado, em Araras (SP). Atualmente, na fábrica de laticínios da Salute em São Carlos (SP), são produzidos 450 mil litros por mês entre iogurtes, creme de leite pasteurizado e bebida láctea achocolatada.

Aline B. Ferro, Equipe MilkPoint.
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Luiz Francisco Zafalon
LUIZ FRANCISCO ZAFALON

SÃO CARLOS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO

EM 23/08/2007

Observação pertinente: em São Carlos, os preços do leite A em garrafa estão bem acima dos R$ 2,20.
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