PR: cooperativas retomam liderança nas exportações

Depois de três anos o Paraná deve retomar a liderança nas exportações das cooperativas brasileiras. Entre janeiro e março de 2008, os negócios do estado com o exterior somaram US$ 269,4 milhões. O faturamento é 67,8% superior aos US$ 160,5 milhões verificados no primeiro trimestre do ano passado. No mesmo período, os embarques das cooperativas paulistas, que lideravam até agora, recuaram 47% em receita e mais de 57% em volume, em função do setor de açúcar e álcool. Os dados fazem parte de um estudo que está sendo elaborado pela gerência técnico-econômica do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), com base em dados fornecidos pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).

O ramo agropecuário representa 100% das exportações do sistema cooperativo paranaense. Das 80 cooperativas, 22 mantêm negócios diretos com o exterior. Cinco exportam carnes e derivados e as outras, produtos e subprodutos agrícolas, principalmente o complexo soja, com grão, farelo e óleo. Do faturamento com as vendas internacionais deste ano, 45% vêm da soja, 35% das carnes, 15% do açúcar e do álcool e 5% outros têm origem no milho, café, sucos e lácteos.

O presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, destacou a entrada de novas cooperativas e produtos no universo da exportação - como café, sucos e lácteos, além da carne suína. "Outro fator importante é que não há concentração das vendas, com embarques de 45 produtos para mais de 80 países, em praticamente todos os continentes", observou. Segundo ele, as várias opções de comércio contribuem para melhorar o preço ao cooperado e conferem maior liquidez ao que se produz.

O desafio agora é ampliar o mercado e as vendas externas. A projeção para este ano é romper a barreira de US$ 1,5 bilhão com exportação. Em 2007, os embarques somaram US$ 1,05 bilhão. As exportações representam 10% do faturamento das cooperativas do estado. A intenção é elevar esse índice para 15%, segundo o Informativo OCB.