Possível escaladada tensão entre EUA e China derruba grãos em Chicago

Os contratos futuros de grãos de segunda posição de entrega fecharam em queda na bolsa de Chicago nesta sexta-feira, pressionados pelas preocupações com uma possível escalada entre as tensões entre Estados Unidos e China nos próximos dias, o que pode colocar em risco a execução da fase um do acordo comercial firmado entre os dois países em janeiro.

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Os contratos futuros de grãos de segunda posição de entrega fecharam em queda na bolsa de Chicago nesta sexta-feira (22), pressionados pelas preocupações com uma possível escalada entre as tensões entre Estados Unidos e China nos próximos dias, o que pode colocar em risco a execução da fase um do acordo comercial firmado entre os dois países em janeiro.

“A queda no preço das commodities foi sentida depois que a China reduziu suas metas de crescimento e disse que vai impor leis de segurança nacional em Hong Kong”, afirmou o analista Doug Bergman, da consultoria RCM Alternatives. Ontem, um projeto de lei para a reforma da segurança nacional de Hong Kong foi apresentado pela China e repudiado pelo governo americano, o que pode recrudescer a relação entre as duas potências.

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A aproximação do feriado do Memorial Day, em honra aos militares americanos, celebrado nesta segunda-feira (25), também afastou os traders da mesa de negociações.

A queda mais expressiva ocorreu no mercado de trigo. Os contratos com vencimento em setembro caíram 6 centavo de dólar, a US$ 5,1275 por bushel. “O aumento da temperatura e das chuvas no cinturão do milho americano limitam o potencial de alta para trigo e milho”, disse a consultoria AgriTel à Dow Jones Newswires.

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De acordo com analistas consultados pela Dow Jones, o clima tem favorecido as lavouras de inverno americanas. Em tour realizado esta semana pela região do Kansas, observou-se danos pelo frio em algumas áreas, mas também lavouras em situação geral melhor que a esperada.

Além disso, a melhora nas condições das lavouras de trigo na França também pressiona as cotações.

Os contratos da soja com vencimento em setembro fecharam com queda de 2 centavos de dólar, a US$ 8,3650 o bushel.

As incertezas sobre novas compras da China também pesaram sobre as cotações da oleaginosa. “Ninguém parece saber se o ritmo lento de compras de soja americana pela China está relacionado à disputa política ou se o país está sendo inundado pela chegada maciça de soja brasileira”, afirmou a AgResource.

As cotações do milho para setembro encerraram o dia em queda de 25 centavos de dólar, a US$ 3,2275 por bushel.

O mercado tem acompanhado a fraca demanda por milho nos EUA para a fabricação de etanol e também o ritmo acelerado do plantio da safra 2020/21 no país.

As informações são do Valor Econômico.

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