Planos da Fonterra esbarram em barreiras comerciais

A meta da cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra de aumentar a produtividade na indústria de lácteos em 4% e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) em NZ$ 2 bilhões (US$ 1,22 bilhões) por ano em 10 anos poderá acabar dando em nada se as barreiras comerciais continuarem afetando seus planos.

O diretor executivo da Fonterra, Andrew Ferrier, disse na conferência Dairy3, ocorrida em Hamilton, que as receitas com exportações de lácteos poderiam ser de NZ$ 2,8 bilhões por ano (US$ 1,71 bilhões) a mais em 10 anos se a produtividade aumentasse - ou seja, se houver mudanças nas atuais barreiras comerciais mundiais.

Ferrier se mostrou otimista com relação aos resultados das Rodada de Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC) neste ano, mas os sinais não estão muito encorajadores, segundo ele.

"Nós fizemos um pequeno progresso com o acordo em Hong Kong em dezembro para ter todos os subsídios de exportação eliminados até 2013. Desde então, alguns trabalhos técnicos úteis foram feitos, mas, apesar de algumas reuniões intensivas de alto nível nos últimos dois meses, as partes centrais - particularmente Estados Unidos, União Européia (UE), Brasil e Índia - falharam em superar as diferenças que ainda existem".

Ferrier disse que foram feitos avanços em acordos de dois dos três assuntos principais: competição nas exportações (que inclui eliminação de subsídios de exportação) e subsídios domésticos, mas que existe um grande abismo na questão do acesso a mercados.

Ele disse que cada uma das partes precisa tomar atitudes em alguns pontos específicos: a UE na questão de acesso a mercados; os EUA nos subsídios domésticos; e os países em desenvolvimento, liderados por Índia e Brasil, nos produtos industriais e serviços comerciais.

A reportagem é de Chris Gardner para o site Stuff.co.nz.

Em 06/04/06 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,61239
1,63295 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)