Piora o cenário para vendas de máquinas

As vendas de máquinas agrícolas voltaram a emitir sinais de reação em junho, mas permaneceram em baixo patamar. Com isso, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) passou a projetar apenas estabilidade na comercialização para 2020 e reduziu sua estimativa para a produção, em parte pela fragilidade das exportações, mas também pela paralisação por um mês de fábricas em razão da covid-19.

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As vendas de máquinas agrícolas voltaram a emitir sinais de reação em junho, mas permaneceram em baixo patamar. Com isso, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) passou a projetar apenas estabilidade na comercialização para 2020 e reduziu sua estimativa para a produção, em parte pela fragilidade das exportações, mas também pela paralisação por um mês de fábricas em razão da Covid-19.

Figura 1

Segundo dados divulgados ontem, as vendas somaram 3.910 unidades no mês, 0,9% mais que em maio mas ainda 9,6% menos que em junho de 2019 - o total inclui máquinas rodoviárias, que representaram 10%. No primeiro semestre, alcançaram 19.642 unidades, com queda de 1,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

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Em 2020 como um todo, a expetativa agora é repetir as 43,8 mil unidades de 2019 - no início do ano, a entidade acreditava em aumento de 2,9%, mas o mercado de máquinas rodoviárias também não está colaborando como se esperava.

“De um lado, o Plano Safra anunciado pelo governo é satisfatório e há crédito para a agricultura em outras linhas além do Moderfrota, e esperamos que ocorra uma recuperação na demanda no segundo semestre. Por outro, as máquinas rodoviárias vinham muito bem no ano passado, mas as vendas arrefeceram diante da interrupção em obras de infraestrutura e do avanço menor que esperado de concessão para realização de obras”, afirmou ontem o vice-presidente da Anfavea, Alfredo Miguel Neto, ao Valor.

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A avaliação de que o Plano Safra é suficiente ocorre mesmo com a redução da verba disponível, de R$ 9,7 bilhões para R$ 9 bilhões, já que o teto para acesso aos recursos caiu de R$ 90 milhões para R$ 45 milhões, esclareceu Miguel Neto.

A fraqueza das vendas continuou a se refletir na produção nacional. De acordo com a Anfavea, foram montadas no país 3.319 máquinas agrícolas e rodoviárias em junho, 9% menos que em maio e quantidade 24,9% menor que em junho de 2019. No primeiro semestre foram 19.135 unidades, uma retração de 22,6%.

Diante desses resultados, a estimativa da entidade para a produção passou do campo positivo para o negativo. Em janeiro, a Anfavea projetava o aumento de 5,4%, para 56 mil unidades produzidas. Agora prevê queda de 8%, para 48,6 mil unidades.

As exportações continuam não ajudando os resultados do segmento, ainda muito afetadas pela baixa demanda da Argentina. Em junho, atingiram 614 unidades, com retrações de 19% ante maio e de 31,6% em relação ao mês de junho de 2019. No primeiro semestre, somaram 4.190 unidades, queda de 31%.

Para o acumulado do ano, a Anfavea reduziu a expectativa, que era de crescimento de 1%, para 13 mil unidades, para uma queda de 29%, para 9,2 mil unidades. No ano passado, os embarques de máquinas agrícolas e rodoviárias somaram 12,9 mil unidades.

As informações são do Valor Econômico.

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