PI: produtores de Batalha terão inseminação artificial

Trinta e seis produtores de leite da região de Batalha (PI) serão beneficiados com a inseminação artificial para melhorar seus rebanhos. Isso será possível graças a um acordo fechado entre o Sebrae no estado e a Prefeitura de Batalha. A prefeitura comprará um tambor e sêmens e o Sebrae ofertará, já a partir de abril, cursos de Técnicas de Inseminação Artificial.

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Trinta e seis produtores de leite da região de Batalha (PI) serão beneficiados com a inseminação artificial para melhorar seus rebanhos. Isso será possível graças a um acordo fechado entre o Sebrae no estado e a Prefeitura de Batalha. A prefeitura comprará um tambor e sêmens e o Sebrae ofertará, já a partir de abril, cursos de Técnicas de Inseminação Artificial.

Segundo os produtores, eles vêm enfrentando dificuldades na produção e comercialização devido a diversos fatores, como nível tecnológico precário, elevada sazonalidade, alto custo da atividade, além da ausência de uma política global definida para o setor.

"Com a inseminação artificial esses produtores vão aumentar a qualidade e a produtividade do rebanho, pois um gado melhorado geneticamente produz 17 litros enquanto um animal de qualidade genética baixa produz de 5 a 6 litros, comendo a mesma quantidade", destacou o técnico do Projeto Leite e Derivados do Sebrae no Piauí, Fabiano Chaves.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rebanho de bovinos da região de Batalha totaliza 28.739 animais.

As informações são da Agência Sebrae de Notícias.
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Carlos Augusto Pereira da Silva
CARLOS AUGUSTO PEREIRA DA SILVA

ARACAJU - SERGIPE - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/04/2007

Na qualidade de Técnico da Extensão Rural, e residente no estado de Sergipe, também Nordeste como Batalha no PI, gostaria de me somar às palvras do Professor Leovegildo, que está muito correto quando diz que o maior problema na pecuária de Leite é a falta de alimentação em quantidade e qualidade durante todo o ano.

Lamentavelmente muitos colegas da extensão colocam como maior problema a genética e haja a introduzir melhoramento sem contudo se preocupar com manejo e principalmente com alimentação. Portanto, concordo com o Professor quando faz o alerta para os profissionais do Nordeste.

Felizmente no semiárido sergipano, esta consiência já está sendo absorvida pelos produtores e nosso colegas da extensão também já estão levando esta mensagem para o campo. Prova é que estamos dando muita ênfase a uma campanha que estamos iniciando junto aos pequenos produtores e produtores da agricultura familiar, para que todos eles procurem instalar em suas unidades produtivas, em pelo menos 10% da área o plantio de palma forrageira (cactácea) adensada, associada a leucena e gliricídia, duas forrageiras leguminosas, para que assim possam assegurar uma reserva estratégica de alimentação para o rebanho durante o perído seco.

Paralelamente estamos procurando orientar um melhor manejo sobre o rebanho existente.
Leovegildo Lopes de Matos
LEOVEGILDO LOPES DE MATOS

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 29/03/2007

É lastimável que nossos técnicos continuem a cometer os mesmos erros, repetidamente cometidos no passado, acreditando na mágica proporcionada pela genética. Ainda mais desconcertante ver que ainda temos técnicos que não conhecem a lei da conservação das massas, de Antoine Laurant de Lavoisiere, "..em a natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Comendo a mesma quantidade de uma vaca que produz 5 a 6 litros, outra "melhorada geneticamente" pode até produzir 17, no início da lactação, pela mobilização de suas reservas corporais, porém, não dará cio, ou como ocorre sempre (temos centenas de exemplos no Brasil e em outros países tropicais), morrem, falecem, "vão `a óbito".

Como em outras bacias leiteiras que já buscaram esse "atalho", quando na realidade o problema era falta de alimento, tendo como consequência baixa produção e longos intervalos de parto, aumentaram temporariamente a produção (início da lactação, com mobilização de reservas) e reduziram o intervalo de partos drasticamente, digamos de 18 a 21 meses para 0 ("zero"), pois vaca morta tem intervalo de partos zerado.

Se na maioria de nossas bacias leiteiras, a produção, durante o período seco do ano, é reduzida, o problema é alimentação, pois no período chuvoso subsequente consegue-se aumentar a produção, com a mesma genética. Além disso, uma vaca de mais alta produção, não somente tem que comer mais, tem que comer mais de uma dieta com maiores teores de energia e proteína, que pode implicar na utilização de silagem de milho e concentrados, substituindo "pasto", onerando o custo de produção.

Na maioria das vezes, a produção por dia de intervalo de partos (esse é o índice importante) não muda em quase nada. Um cálculo rápido, pode-se mostrar que com o desembolso para a "alimentação" de uma vaca de 30 litros pode-se custear 12 vacas de 10 L cada, numa boa pastagem - são 120 L contra 30. Onde está a maior escala de produção?

Vamos tentar ajudar nossos produtores e não empurrá-los para o precipício.
Qual a sua dúvida hoje?