Pesquisadores argentinos criam biorreator para eliminar colesterol do leite

Pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina e o Laboratório de Desenvolvimento e Pesquisas Aplicadas da Medipharma, localizado em La Plata, desenvolveram um sistema que elimina 75% do colesterol do leite, sem modificar seu sabor nem odor. A equipe de pesquisadores conseguiu desenvolver um modelo de biorreator destinado a eliminar o colesterol do leite, de acordo com reportagem do site <i>Infocampo</i>.

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Pesquisadores do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina e o Laboratório de Desenvolvimento e Pesquisas Aplicadas da Medipharma, localizado em La Plata, desenvolveram um sistema que elimina 75% do colesterol do leite, sem modificar seu sabor nem odor. A equipe de pesquisadores conseguiu desenvolver um modelo de biorreator destinado a eliminar o colesterol do leite, de acordo com reportagem do site Infocampo.

O sistema, que processa grandes volumes de líquido em poucas horas, foi especialmente projetado para tratar o leite e também cultivar células de Tetrahymena thermophila, um microrganismo inócuo que fagocita os glóbulos de gordura sem coalhar nem gerar odor desagradável.

"Escolhemos trabalhar com a Tetrahymena thermophila porque é um microrganismo não patogênico e de rápido crescimento, que possui a notável capacidade de ingerir o colesterol presente no alimento e transformá-lo em pró-vitamina D, ajudando por sua vez a produzir ácidos graxos poliinsaturados que são essenciais para a nutrição humana", disseram os autores da pesquisa, que foi publicada na revista especializada Applied Microbiology and Biotechnology.

"A originalidade de nosso biorreator está em sua capacidade de combinar o cultivo do microrganismo com o tratamento simultâneo do leite no mesmo aparato", disseram os pesquisadores. Desta forma, a abundante massa celular que se obtém ao centrifugar o leite fica enriquecida com compostos de interesse biotecnológico, como pró-vitamina D, ácidos graxos poliinsaturados, fosfolipídios e coenzimas Q8.

O produto final - o leite sem colesterol - conserva pouco mais de 5% das células de Tetrahymena thermophila usadas no tratamento, que são as que fornecem ao alimento a pró-vitamina D e os ácidos graxos poliinsaturados.

O processo está em vias de ser patenteado, mas falta concluir algumas etapas para que o sistema possa ser comercializado. O custo do equipamento será determinado quando for produzido em escala industrial, mas a idéia é que não seja muito diferente do equipamento usado no processo de fabricação de iogurte.
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