Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (UC), nos Estados Unidos, identificaram que o neurotransmissor serotonina é responsável por inibir a produção e a secreção de leite nas glândulas mamárias humanas. Como a demanda por leite ultrapassa a oferta em algumas partes do mundo, a descoberta pode ajudar a aumentar a produção de leite de outros mamíferos, como a vaca.
Em mamíferos em lactação, a síntese e secreção de leite reduzem até parar quando as glândulas mamárias estão cheias. Uma vez que a glândula é esvaziada, a produção de leite começa de novo.
A serotonina é um neurotransmissor de ocorrência natural produzido no cérebro e no trato intestinal. Quando produzido no trato intestinal, a substância é estocada nas plaquetas sangüíneas e liberadas em locais com lesão para promover a coagulação e a cicatrização. Baixos níveis de serotonina no cérebro foram associados à depressão e outras desordens de humor.
De acordo com o site Science Daily, o líder da pesquisa, Nelson Horseman, e seus colaboradores, disseram agora que a serotonina também é produzida nas glândulas mamárias humanas - produzidas quando a glândula está cheia de leite, inibindo a síntese e a secreção de leite. "Se pudermos entender como parar ou reduzir a produção de serotonina na glândula mamária, podemos reverter essas ações".
O pesquisador recentemente emitiu uma patente para drogas específicas conhecidas por inibir a produção de serotonina. A inibição desta substância na glândula mamária mostrou aumentar a produção de leite em até 15%.
"Os produtores atualmente usam hormônios de crescimento para aumentar a produção de leite. O uso do hormônio tem declinado nos últimos anos a pedido dos consumidores, mas a escassez de leite está piorando".
Em março de 2007, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) forneceu a Horseman e sua equipe um valor de US$ 350 mil para que fizessem mais estudos sobre a síntese e a secreção de leite em vacas. A equipe da UC está se associando com pesquisadores do programa de ciência animal da Universidade do Arizona para estudar vacas e tecidos mamários de vacas.
Apesar de as células de roedores e humanos estudados terem muitas similaridades, as células das vacas parecem ter diferenças únicas. Por exemplo, a equipe de Horseman identificou um receptor de serotonina na glândula mamária de humanos e roedores, e pelo menos três em vacas.
"Esperamos que ao obtermos um melhor entendimento de como a serotonina age nas vacas, possamos encontrar formas de inibir sua síntese sem usar drogas ou hormônios de crescimento".
Os resultados do estudo foram publicados no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).
Pesquisa: serotonina inibe a produção de leite
Pesquisadores da Universidade de Cincinnati (UC), nos Estados Unidos, identificaram que o neurotransmissor serotonina é responsável por inibir a produção e a secreção de leite nas glândulas mamárias humanas. Como a demanda por leite ultrapassa a oferta em algumas partes do mundo, a descoberta pode ajudar a aumentar a produção de leite de outros mamíferos, como a vaca.
Publicado por: MilkPoint
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