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Pesquisa mostra crescimento do consumo de produtos plant-based no Brasil

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 09/12/2020

5 MIN DE LEITURA

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Uma pesquisa inédita mostra que o mercado plant-based passou de tendência à realidade no Brasil. Uma revolução que começa no prato, fortalece o agro e faz despontar uma indústria que mescla tecnologia, sustentabilidade e crescimento exponencial.

O levantamento, que ouviu 2 mil pessoas em todas as regiões e foi coordenado pelo The Good Food Institute Brasil (GFI) junto ao Ibope, aponta que metade dos brasileiros reduziu o consumo de carnes nos últimos 12 meses.

 

Quase a maioria comeu carne bovina (47%) e de frango (43%) no máximo uma vez por semana. O número é ainda maior para suínos (83%) e peixes (92%). Dos que diminuíram, metade passou a consumir menos carne em cada refeição em vez de tirá-la do dia a dia.

O estudo também constatou redução no consumo de derivados de proteína animal. Entre os entrevistados, 42% disseram que consomem leite no máximo uma vez por semana. O número é menor no caso de ovos (41%) e laticínios (36%).

“Laticínios, ovos e leite são considerados produtos baratos. Além disso, o leite é visto como fonte de cálcio, enquanto ovos são uma fonte acessível de proteína. Esse resultado pode indicar que as alternativas vegetais ainda não conseguiram entregar as mesmas características sensoriais do produto animal ou não chegaram em uma faixa de preço acessível”, analisa Raquel Casselli, gerente de engajamento corporativo do GFI Brasil.

Outra conclusão da pesquisa, que ouviu pessoas com renda acima de R$ 4.180 e foi bancada por 11 empresas de alimentos, é que a mudança passa pela oferta de produtos similares aos de origem animal. E a indústria tem feito isso no Brasil: 59% afirmaram ter comido alternativas vegetais ao menos uma vez por semana.

Ela também destaca o impacto disso na rotina dos brasileiros, já que a alimentação é um aspecto cultural e de tradições familiares. “A carne está muito intrínseca nisso. No Brasil, tem a feijoada, o churrasco, o peru no Natal, o bacalhau na Páscoa. Por isso, é importante que a indústria desenvolva produtos que entreguem a mesma experiência sensorial”, afirma.

Para os consumidores, de acordo com o levantamento, a equação para isso é simples: sabor, aroma e textura semelhantes aos produtos de origem animal são a locomotiva que traz a reboque a busca por produtos mais naturais, nutritivos e sustentáveis com preço equivalente. 

“Há sempre que centrar esforços no que é essencial: sabor, aroma e textura semelhantes, preço competitivo e apelo aos novos tempos, com produtos mais saudáveis, seguros, éticos e sustentáveis. Estes são os valores que farão cada vez mais pessoas reduzirem ou abandonarem seus hábitos tradicionais”, observa Raquel.

Quanto ao preço, segundo ela, a expectativa é de que fique mais competitivo à medida que a escala destes novos produtos aumentar, bem como o domínio das tecnologias e a oferta de ingredientes nacionais.

“Vimos que o consumidor tem boa aceitação pela proteína de ervilha em relação à de soja. Porém, deixa de escolher a ervilha quando descobre que é mais cara. Ou seja, muitas vezes as pessoas querem algo na teoria, mas não estão dispostas a pagar mais ou a abrir mão do sensorial desejado”, avalia Raquel.

O GFI também analisa que a base do crescimento da indústria de alternativas vegetais se apoia em um tripé: foco nos flexitarianos, melhoria contínua a partir do feedback dos clientes, com uso de tecnologias como inteligência artificial para formular receitas, e transparência.

Compra alternativas de alimentos vegetais

Quais as três características nutricionais mais importantes na compra de alternativas vegetais parecidas com: 

“Muitas empresas lançam alimentos em versão beta ou 1.0 e fazem os melhoramentos com base na devolutiva dos consumidores, como uma co-criação. A empresa é transparente em dizer que aquele produto ainda não está totalmente perfeito e se coloca pedindo o auxílio de seus clientes para melhorá-lo. Assim, fazem algo contra intuitivo, mas que gera excelentes resultados ao usar a transparência de forma positiva”, observa Raquel.

O estudo também apontou uma predisposição maior de mulheres e jovens em experimentar as alternativas vegetais. “O público jovem faz parte de uma geração ultra conectada, com mais preocupações ambientais e com consciência social. Ele precisa de informações disponíveis on-line, espera transparência, reage muito bem a ativações feitas com influenciadores e ainda espera entender impactos socioambientais do que consome”, salienta.

Mas ainda há outro interesse percebido no estudo: a preocupação dos consumidores com a saúde. Por isso, as empresas buscam igualar ou até superar a quantidade de valor nutricional nas alternativas – cálcio no leite e proteína na carne vegetal, por exemplo.

“É importante entender que, em um mercado em formação como esse, é necessário informar o consumidor sobre o que é o produto, como é feito, quais os benefícios. Isso é importante nesse primeiro momento”, ressalta Raquel.

Soja e transgênicos

Sobre ingredientes, a pesquisa indicou uma boa aceitação do uso de soja nas alternativas vegetais, apesar de certa ressalva a produtos transgênicos.

“Havia uma percepção de que o consumidor teria medo da soja, mas isso não se comprovou. Como a soja é produzida em grande escala no Brasil e tem preço relativamente estável, pode oferecer uma fonte proteica barata e sem variações de preço como as proteínas importadas”, explica a gerente do GFI.

Diante disso, segundo ela, há uma tendência de que a produção de soja para consumo humano aumente, puxada pela nova demanda. “É um estímulo positivo para aumentar o uso de soja para consumo humano, com produção não transgênica e orgânica”, complementa.

Nesse cenário, o papel do agro é considerado decisivo. Raquel observa que o fato de o setor ser consolidado no Brasil é um diferencial que põe o país em condições de assumir a liderança do mercado de alternativas vegetais.

“Temos uma capacidade única de produzir alimentos, com uma rede logística capaz de levar nossos produtos para todos os países do mundo. Além disso, se considerarmos a expertise do nosso produtor rural, nossa biodiversidade e toda a capacidade técnico científica do Brasil na área de alimentos, podemos com certeza ser líderes em proteínas alternativas”, conclui.

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As informações são do Globo Rural.

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