Perdigão anuncia compra da mineira Cotochés

A preocupação com a formação de um cartel não deixa de ser uma questão aser observada, mas por outro lado, a entrada no mercado lácteo de empresas sérias é fator de crescimento para o pequeno produtor. Acho que a concorrência de empresas grandes e sérias é ponto positivo. Quanto a formação de cartel, que é uma preocupação minha também, temos que confiar cobrando para que nossos governantes não deixem isto acontecer. Cabe aí uma pergunta, será que eles sabem o que é um pequeno produtor?

Fico feliz em saber que não será fechado mais uma empresa do setor de laticinios, e que os produtores de nossa região continuarão tendo uma empresa de qualidade para estar comprando o leite na região, e que possa estar valorizando os produtores que lutam por dias melhores.

Estou apreensivo com a ocorrência dessas fusões de grandes empresas, será que está vindo uma cartelização por aí? Tomara que nós, pequenos, consigamos sobreviver e que a classe produtora não venha a sofrer consequências com isso.

Trabalhei por 14 anos na mineira Cotochés, onde tive minha primeira oportunidade de trabalho e crescí profissionalmente. Vejo esta negociação com um misto de alegria e saudosismo. Há algum tempo sabia de problemas pelos quais vinha passando a Cotochés, e de longe, torcí muito para que seus dirigentes encontrassem o caminho para que a empresa se solidificasse e fortalecesse novamente.

Entretanto isto não ocorreu e a empresa acaba de ser vendida. Por outro lado, a compra pela Perdigão deve fornecer a estas unidades e seus preciosos colaboradores, (o que acredito tenha sido o melhor patrimônio adquirido pela Perdigão nesta negociação), novo fôlego, condições de crescimento e valorização profissional que aqueles que lá estão merecem e têm competência para atingir.

Desejo sorte a todos que direta ou indiretamente estarão envolvidos nesta nova empreitada e que a Perdigão alcance os objetivos que motivaram este investimento.

Dimas F de Oliveira.
Tecnólogo em Laticínios.