Pecuaristas do Vale do Paraíba retornam ao leite

A alta dos preços do leite está incentivando grandes pecuaristas do Vale do Paraíba (SP) a retornarem ao setor leiteiro. Além disso, o incentivo de entidades de pesquisa, sindicatos e prefeituras está levando o pequeno produtor a acreditar no leite.

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A alta dos preços do leite está incentivando grandes pecuaristas do Vale do Paraíba (SP) a retornarem ao setor leiteiro. Além disso, o incentivo de entidades de pesquisa, sindicatos e prefeituras está levando o pequeno produtor a acreditar no leite.

Um dos exemplos é José Mancilha de Carvalho, o Nenê Mancilha, um dos mais tradicionais produtores do país. Aos 74 anos, ele voltou a produzir leite depois de cinco anos longe da atividade. "Hoje dá para ganhar", comentou.

Fundador e primeiro presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite B - hoje Leite Brasil -, pioneiro no Brasil na coleta de leite a granel, sua fazenda chegou a produzir 9 mil litros/dia e, no auge da crise, amargou prejuízos de R$ 300 mil por ano, informou reportagem de João Carlos de Faria, do suplemento Agrícola do O Estado de S.Paulo.

Quando liquidou seu plantel, tinha 350 vacas e novilhas holandesas de alto padrão. Ficaram apenas 100 bezerras para honrar compromissos com funcionários. Hoje ele já está produzindo 1,5 mil litros/dia. "A boa fase vai durar porque o mundo está deficitário de leite", aposta.

Segundo o produtor José Zito Miranda, deu para sair do vermelho porque melhorou o preço do leite. Com plantel de 70 vacas e média de 18 litros/vaca, sua produção de 1.250 litros/dia é entregue diretamente à Cooperativa Central de Laticínios a R$ 0,78 o litro.

O preço, segundo Miranda, está sendo suficiente para cobrir o prejuízo mensal de R$ 5 mil, que ele teve até dois meses atrás.

Centro de Matrizes é criado no Vale do Paraíba

Como parte de um projeto de recuperação da atividade leiteira, foi inaugurado no fim de julho, o Centro de Criação de Matrizes Leiteiras em Pindamonhangaba, o primeiro do estado de São Paulo.

Segundo reportagem do suplemento Agrícola do O Estado de S.Paulo, a compra do primeiro lote, com 76 novilhas e bezerras, foi feita na região de Castro (PR). Uma das exigências é que elas fossem filhas de vacas com pelo menos 9 mil quilos de leite por lactação. "Em um ano e meio essas novilhas estarão no campo e o impacto mais importante, além do aumento na produção, será a mudança de cultura", afirmou o diretor do Departamento de Agricultura local, José Luiz Hungria.

Os beneficiados, 20 produtores que aderiram ao programa Balde Cheio, receberão as novilhas com 23 meses, prenhas de embrião sexado e pagarão R$ 1.440 em 24 parcelas de R$ 60. Calcula-se que com três novilhas inseridas em seus rebanhos terão um aumento médio de 60% na produção. Hoje, eles representam 20% da produção de leite do município e injetam cerca de R$ 260 mil na economia local.
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