Parmalat reduz volume de captação

Segundo fontes do setor de lácteos, além de suspender as operações em sua fábrica de Ouro Preto D´Oeste, em Rondônia, a Parmalat também reduziu o processamento de leite nas unidades de Frutal e Governador Valadares, ambas em Minas, e Votuporanga (SP). A estimativa é de que a captação da empresa, que era de 100 milhões de litros por mês até abril tenha caído para menos da metade, para cerca de 40 milhões a 45 milhões de litros nas 15 unidades da empresa.

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Segundo fontes do setor de lácteos, além de suspender as operações em sua fábrica de Ouro Preto D'Oeste, em Rondônia (veja matéria relacionada), a Parmalat também reduziu o processamento de leite nas unidades de Frutal e Governador Valadares, ambas em Minas, e Votuporanga (SP). A estimativa é de que a captação da empresa, que era de 100 milhões de litros por mês até abril tenha caído para menos da metade, para cerca de 40 milhões a 45 milhões de litros nas 15 unidades da empresa.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, a Laep já estaria sondando possíveis compradores para participação na Integralat, empresa criada para integrar a produção de leite. Há pouco mais de uma semana, no anúncio do plano de racionalização, cujo objetivo é economizar R$ 16 milhões, o presidente da Laep, Marcus Elias, admitiu que a empresa poderia vender ativos, entre eles fazendas da Integralat.

Ainda que a própria Laep tenha admitido que errou no "timing" ao ampliar a capacidade produtiva da Parmalat num momento de mercado adverso, analistas e fontes desse segmento afirmam que todo o setor vive dificuldades. A razão principal é o forte aumento na produção de leite no país, estimulado pelos preços altos em 2007, seguida por queda na demanda, o que afetou as margens do setor.

Segundo o Cepea, da Universidade de São Paulo, a captação de leite subiu 22% no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período de 2007. Isso significa um oferta adicional de 7 bilhões de litros de leite na produção do país, que foi de 25 bilhões em 2007, diz uma fonte da indústria. Ele observa que esse quadro fez os preços de venda do leite no atacado recuarem 25% desde junho deste ano.

As ações da Laep Investments, controladora da Parmalat, continuam sangrando e fecharam ontem abaixo de R$ 1,00 na Bovespa. Desde que os papéis foram lançados, em 31 de outubro do ano passado, o recuo é de 87,20%, conforme o Valor Data. No período, as ações saíram de R$ 7,50 para R$ 0,96 no fechamento de ontem. Só ontem, a queda foi de 19,32%.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Evair Pinheiro
EVAIR PINHEIRO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 31/08/2008

Dias melhores virão para todos envolvidos que não visem o seu próprio umbigo. Tudo nos faz refletir sobre como seria bom se valorizássemos um segmento tão rico em tudo, e essencial para o consumidor.

Que o leite, enfim, tenha o valor que ele merece, para toda cadeia do negócio. A crise passa e o que fica são os aprendizados!
Paulo Mauricio B. Basto da Silva
PAULO MAURICIO B. BASTO DA SILVA

JARAGUÁ DO SUL - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 31/08/2008

Enquanto a cadeia de laticínios no Brasil permanecer amadora, ineficiente e com visão de curto prazo, continuaremos a ter situações de altos e baixos que prejudicam a todos.

Acredito que a indústria, aliada a produtores e comércio podem construir um novo modelo para todo o setor. É difícil, mas devemos tentar, pelo menos tentar.
Eduardo Amorim
EDUARDO AMORIM

PATOS DE MINAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 27/08/2008

O Cenário esta ficando cada vez mais sombrio em todas as bacias leiteiras e podemos estar diante de uma grande crise, com um agravante que são os altos custos de produção que, embora tenham recuado um pouco (complexo milho e soja), tal recuo ainda é insuficiente para trazer tranqüilidade ao produtor.

Se os preços do leite continuarem em queda livre como estão, inevitavelmente muitos produtores irão migrar para outras atividades e aqueles que não tiverem condições de aguentar a crise irão parar. Como na bolsa de valores. Na euforia dos preços de 2007, gente que nunca se interessou pela atividade voltou os olhos para o leite, e vimos animais de até R$ 11.000,00 sendo negociados em leilões, numa bolha ilusória jamais vista no setor.

Esta notícia de que Parmalat está prestes a jogar a toalha é triste. Quem será a próxima? Isto é péssimo para os produtores. Espero que dias melhores venham.
Eduardo Medeiros de Farias
EDUARDO MEDEIROS DE FARIAS

SÃO PAULO DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 27/08/2008

Vamos torcer para que a Parmalat saia do sufoco para não ter uma nova quebra, o que traria muitos problemas para os produtores!
Qual a sua dúvida hoje?