Parmalat quer dobrar o número de fábricas em 2 anos

A revista Isto É Dinheiro publicou na matéria de capa uma reportagem sobre a recuperação da empresa Parmalat, após ser assumida pelo fundo de investimentos Laep (Latin American Equity Partners), com uma dívida de R$ 1,5 bilhão. Hoje a empresa tem sete fábricas e pretende dobrar esse número em dois anos, arrendando ou comprando unidades.

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A revista Isto É Dinheiro publicou na matéria de capa uma reportagem de Leonardo Attuch sobre a recuperação da empresa Parmalat, após ser assumida pelo fundo de investimentos Laep (Latin American Equity Partners), com uma dívida de R$ 1,5 bilhão.

Há dois anos, antes do investimento do fundo Laep, a participação da Parmalat no mercado de leite longa vida era de 6%, e passou hoje para 11%, segundo dados da AC Nielsen. A captação de leite passou de 40 milhões de litros por mês para 60 milhões de litros no mesmo período, e o faturamento mensal passou de R$ 60 milhões para R$ 100 milhões.

Além disso, em 2005 a margem de geração de caixa era negativa, o EBTIDA, de 4% (o que significa que a empresa perdia R$ 2,4 milhões por mês na operação). Hoje, analistas estimam que essa margem passou para 10% positivos. Restam R$ 100 milhões em dívidas da empresa, com prazo de quatro anos para pagamento.

A recuperação ocorreu em função de vários fatores: boa gestão, redução do número de funcionários de 4,5 mil para 2,1 mil, a venda da Batavo, transferida por R$ 120 milhões para a Perdigão, e venda da Etti, que era deficitária, e a aprovação da Lei das Falências.

Segundo a matéria, a empresa tem sete fábricas e pretende dobrar esse número em dois anos, arrendando ou comprando unidades. Estão sendo analisados três projetos de R$ 50 milhões. A Parmalat também retomou a gestão da unidade em Itaperuna (RJ).

Um dos projetos de prioridade da companhia é estreitar o relacionamento com os fornecedores. Em parceria com a Embrapa, a Parmalat planeja ampliar a produtividade dos produtores de leite, transferindo vacas de melhor qualidade genética e equipamentos para uma ordenha mais mecanizada, além de biodigestores para geração própria de energia nas fazendas, sendo pagos com leite.

A empresa lançará novos produtos lácteos, como leites funcionais, com colágeno ou ômega 3 (os quais em países europeus já respondem por 50% das vendas), e estrelará uma campanha de R$ 40 milhões, exaltando a beleza brasileira e a brasilidade da Parmalat, com a modelo Ildi Silva e Luana Piovani.
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jose sampaio filho
JOSE SAMPAIO FILHO

SÃO PAULO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 03/07/2007

Sou produtor de leite há mais de 20 anos. Hoje estou com a produção reduzida, a caminho do encerramento das atividades depois de tanta espera por melhores dias para o leite, no país onde um litro de água é mais caro do que um litro de leite para o produtor.

Onde há lugares em que na merenda escolar das crianças, setor público, que tem a função de incentivar o consumo do leite como nutriente, aceita a substituição deste pelo suco, sem nem mesmo comparar o grau de eficiência nutritiva.

E assim algumas lavouras expulsaram as vacas de seu habitat, vencidas pela vantagem financeira.

Aí chegamos ao ponto de tremenda instabilidade no preço do leite, que nem para nós mesmos, produtores, traz a certeza de investimentos no setor, pois não sabemos para onde vamos e se essa recuperação de parte do terreno perdido ao longo dos anos veio para ficar.

Seria esse acontecimento até inesperado resultado da falta de leite no mundo? Seria ainda o efeito "vaca louca" na Europa, redução de subsídios em outros paises, que encarece as suas exportações? Seria a sede por produtos agrícolas, inclusive o leite, o fenômeno China e outros asiáticos? Seria finalmente o efeito etanol, que já está dando a sua cara, como o terror das vacas que produzem leite nas planícies, sendo essas terras o berço da explosão do setor canavieiro?

E se essa ultima hipótese se concretizar, lá irão as nossas vacas produzir leite nas terras montanhosas, relegadas pelo baixo interesse para produção do ouro liquido, se é que se pode chamar assim, o etanol.

Tenhamos a esperança de que a produção do leite ainda vai virar o ouro banco, e assim como essa idéia vamos evitar que as nossas vacas subam aos morros.
Paciência, paciência.
Qual a sua dúvida hoje?