Pará incentiva a produção leiteira bubalina

Visando o desenvolvimento sócio-econômico do Pará com a criação de búfalas leiteiras, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Pará (Faepa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e mais 11 instituições assinaram ontem um protocolo de intenções para estimular o desenvolvimento da atividade e transferir tecnologia para a pecuária bubalina de leite, com sustentabilidade social, econômica e ecológica.

O rebanho bubalino na Amazônia totaliza 1,5 milhão de cabeças, sendo que metade é criado no Pará, na Ilha de Marajó e no baixo Amazonas. Embora o búfalo tenha dupla aptidão, para carne e leite, o rebanho paraense ainda se destina preferencialmente à produção de carne.

A expectativa do presidente da Faepa, Carlos Fernandes Xavier, é que em dois anos a produtividade das matrizes aumente 25%. Atualmente, uma búfala leiteira produz de 5 a 6 litros em apenas uma ordenha diária, que poderá ser duas diárias após a adoção de novas tecnologias.

Na avaliação da Faepa, o rastreamento dos búfalos qualificará a produção paraense para o mercado externo, permitindo a exportação de matrizes leiteiras com maior valor agregado. Atualmente, o estado já exporta matrizes leiteiras para a Venezuela. "Desta maneira, poderemos oferecer um produto com certificado de origem", afirmou Nascimento. Outro ganho será a certificação da mussarela de búfala do Marajó, produto artesanal que não tem marca, nem pode ser legalmente comercializado em estados ou exportado para outros países.

A expectativa da Bellamazônia é que possam ser industrializados produtos como queijo mussarela, requeijão marajoara, queijo frescal tipo Minas, doce de leite e manteiga. Segundo o assessor técnico da FAEPA, Moura Carvalho, o rendimento do leite de búfala em laticínios é 50% superior ao do leite bovino.

As informações são da Agência CNA.