Papéis da Laep são desvalorizados em SP
O rebaixamento da recomendação de compra para neutra, anunciado pelo UBS Pactual, derrubou as ações da Laep Investments, controladora da Parmalat Brasil, na Bovespa ontem. O banco ainda agregou sugestão de venda no curto prazo.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 2 minutos de leitura
A queda foi de 20% e os recibos de ações (BDR) da Laep fecharam em R$ 2,66. O banco reduziu o preço-alvo estimado para a empresa 12 meses à frente em 65%, de R$ 11,50 para R$ 4,00. A justificativa dos analistas Guilherme Arruda e Jander Medeiros baseia-se na expectativa de um cenário mais difícil que o previsto para a indústria e nas margens fracas da companhia. O banco diminuiu sua projeção de margem operacional para a Laep em 2008 de 10% para -0,4%.
No início de sua oferta pública de ações, em 31/10/07, com 67,7 milhões de BRDs (certificados que permitem a empresas estrangeiras terem acesso ao mercado acionário brasileiro), o preço estimado por ação oscilava entre R$ 11,50 e R$ 15,50. Contudo, já no dia de estréia, o preço de emissão foi fixado em R$ 7,5 por papel, cifra 34% inferior ao piso da faixa estimativa, fechando a R$ 7,15, de forma que o valor atual é 62,16% mais baixo do que o valor de fechamento do primeiro dia. O Índice Bovespa, no período de 31/10/07 a 30/05/08, apresentou alta de 11, 14%. (Saiba mais sobre o início da oferta pública de ações da Laep)
Além da crise desencadeada pela descoberta de fraude em cooperativas que forneciam leite, que pressionou os preços, o aumento da concorrência no setor é outro fator negativo para a Parmalat. O UBS Pactual afirmou também que a empresa adotou um plano de atuação diferente do descrito no prospecto da oferta de ações. A Laep pretendia destinar R$ 286 milhões dos R$ 477 milhões captados para as atividades da Integralat. No entanto, já gastou todos os recursos captados na oferta e apenas R$ 80 milhões para a Integralat. "Achamos que a empresa fez uso rápido demais dos recursos e, agora, está muito alavancada", disseram.
A Laep informou, por meio de comunicado, que vem seguindo estritamente seu plano, previsto no processo de abertura de capital, aproveitando as oportunidades de negócios para consolidar o mercado lácteo e incrementar seu portfólio de produtos e de marcas.
Para que a avaliação da empresa seja melhorada, os analistas apontam a necessidade de aumento das margens e sugerem alternativas de financiamento para a Integralat.
As informações são do jornal Valor Econômico.
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!

POUSO ALEGRE - MINAS GERAIS - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)
EM 07/07/2008
O mercado continua sendo uma nave sem rumo (ou melhor, um cassino).

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO
EM 06/07/2008
O relatório do analista mencionado acima não possui "achismos" como você mencionou, apenas a opinião do banco, baseado em estudos e análises realizados por uma equipe que concluiram alguns pontos.
Lembro que o mercado financeiro não trabalha com o cenário corrente e sim com o futuro. O que a LAEP mostra atualmente é um cenario que no mundo já vem acontecendo. A empresa consumiu muito caixa com aquisições, se alavancou e agora precisa de mais caixa para continuar operando. E é aí que mora o perigo.
Se estivéssemos em um cenário de abundância de capital, possivelmente a empresa se alavancaria ainda mais (imaginando que seja temporária a crise) ou conseguiria encontrar um sócio (financeiro ou estratégico) que lhe forneceria o colchão de caixa suficiente para atravessar essa crise sem perdas.
As seguidas quedas (grandes quedas, por sinal) referem-se à desconfiança do mercado financeiro na solução do problema, pelo menos no curto-prazo.

ESTRELA - RIO GRANDE DO SUL
EM 01/07/2008
Gostaria de entender.