Um ano após a Operação Ouro Branco da Polícia Federal, que apurou fraudes na produção de leite em Minas Gerais, o acusado de determinar a adulteração e outros diretores que tinham sido afastados de uma das cooperativas investigadas retornaram às suas funções. O acusado, Luiz Gualberto Ferreira, da Copervale, de Uberaba, responde a processo por adicionar substâncias nocivas à saúde no leite como forma de aumentar o volume e prolongar a validade do produto.
A outra cooperativa de produtores envolvida, a Casmil, do município de Passos, diz ter demitido todos os investigados e afirma que sofre até hoje com os efeitos da operação. A empresa chegou a ser interditada, mas foi reaberta. Houve corte de um quarto dos empregos e a produção caiu 70%. Toda a diretoria anterior da Casmil foi denunciada pelo Ministério Público Federal em julho.
Na Operação Ouro Branco, 28 pessoas foram presas sob suspeita de adulteração do leite. Parte da produção da Casmil e da Copervale foi descartada. Os detidos foram libertados dias depois. Segundo o Ministério Público Federal, a adição de substâncias como soda cáustica e ácido cítrico ao leite ocorria havia dois anos. Também, diz que fiscais do governo federal propositalmente deixavam de fiscalizar as entidades.
Na época da operação, 11 diretores da Copervale foram afastados preventivamente da entidade - agora eles voltaram às atividades. Segundo a cooperativa, conselheiros pediram o retorno dos integrantes para sanar a administração da empresa, em crise desde a operação da PF.
A direção da Casmil diz que a responsabilidade por medidas que foram alvo da investigação é da diretoria anterior da entidade, que não tem mais participação no comando.
A Copervale afirma que não dará detalhes da defesa. Em nota distribuída por sua assessoria, a direção da cooperativa classifica a operação da PF como "lamentável" e se diz vítima de "maldade". Também diz que vem passando por rigorosas fiscalizações do Serviço de Inspeção Federal. Luiz Gualberto Ferreira e seu advogado não foram localizados nesta quinta-feira (23).
As informações são da Folha Online, adaptadas e resumidas pela Equipe MilkPoint.
Ouro Branco: acusados voltam para suas funções
Um ano após a Operação Ouro Branco da Polícia Federal, que apurou fraudes na produção de leite em Minas Gerais, o acusado de determinar a adulteração e outros diretores que tinham sido afastados de uma das cooperativas investigadas retornaram às suas funções.
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THIAGO MENEGUELLI JORGE
ALEGRE - ESPÍRITO SANTO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 25/10/2008
Isto é uma vergonha, os diretores voltarem as suas funções, fizeram tanto mal a saude do povo brasileiro e agora esta todo mundo em seu lugar. E os mais humildes, que também perderam seu emprego, será que também estão de volta? Só no Brasil mesmo.