O Ministério Público Federal denunciou ontem 18 pessoas sob acusação de envolvimento em adulteração no leite captado na Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande), em Uberaba (MG), em seqüência a Operação Ouro Branco, realizada em outubro do ano passado. Os denunciados - funcionários e diretores da Copervale, o químico responsável pela fórmula de adulteração e um fiscal agropecuário federal- são acusados de praticar crime contra a saúde pública e por formação de quadrilha, informou reportagem de Renata Baptista, do jornal Folha de S.Paulo.

Eles são suspeitos de adulterar o leite para aumentar o volume e o prazo de validade com a adição de compostos como soda cáustica e ácido nítrico. A ação da Polícia Federal, na época, desvendou um suposto esquema de fraude no leite praticado por duas cooperativas mineiras, a Copervale e a Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), sediada em Passos. Segundo o MPF, o inquérito policial que investiga a Casmil está em andamento.

Se a denúncia for aceita pela Justiça, os acusados serão processados por crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 11 anos de prisão para cada um. A Procuradoria pediu que parte dos funcionários denunciados tenham os benefícios da delação premiada - quando a pessoa que coopera com a investigação tem a pena reduzida.