As negociações para liberalizar o comércio mundial serão retomadas lentamente esta semana na Organização Mundial do Comércio (OMC), com as atenções concentradas no que a União Européia (UE) fará na área agrícola.
Para o Brasil, a questão é simples: a chamada Rodada Doha só avançará se a UE melhorar sua oferta de cortes tarifários nos produtos agrícolas. "Do contrário, não vejo muito outra forma de fazer progresso e cumprir o calendário da negociação", afirma o embaixador brasileiro junto a OMC, Clodoaldo Hugueney.
As negociações só vão entrar num ritmo mais acelerado no final do mês, numa reunião de cerca de 30 ministros de comércio em Davos, nos Alpes suíços. Ali, o Brasil, líder do G-20, espera da UE "clareza" na área agrícola, para que a rodada possa prosseguir.
O cenário é claro: se a UE não se mover na negociação agrícola nas próximas semanas, a OMC se verá confrontada novamente com a impossibilidade de manter o nível de ambição da Rodada Doha nos prazos estabelecidos - o que significa pavimentar o terreno para um forte atraso na negociação global ou para o fiasco final. Matéria de Assis Moreira, do Valor Econômico.
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.