Ontem, depois de meses de impasse, a OMC admitiu que não há como avançar e as negociações foram suspensas por tempo indeterminado. A Rodada Doha, lançada em 2001, está paralisada e a crise está oficialmente declarada.
Enquanto os Estados Unidos eram acusados de responsáveis pelo fracasso por parte dos negociadores e os países pobres deixavam claras as frustrações, o projeto de concluir a negociação este ano está abandonado e um adiamento de dois ou três anos já é considerado.
À busca de um culpado
Para europeus, indianos e brasileiros, a culpa foi a falta de flexibilidade dos americanos em reduzir seus subsídios domésticos para a agricultura. Washington sugeria um corte de seus atuais US$ 22 bilhões para US$ 18 bilhões, o que não era considerado suficiente.
Para os EUA, o problema é que os demais negociadores, principalmente os europeus, não mostraram que cederiam no corte de tarifas de importação. A UE já havia aceitado um corte de 51%, o que não foi considerado suficiente pelo Brasil, mas pelo menos um começo.
Os americanos ainda culparam os países emergentes pelo impasse alegando que não queriam abrir seus mercados para os produtos agrícolas. Os debates nem conseguiram chegar ao capítulo de bens industriais, onde certamente seria exigido muito mais do Brasil. As informações são de O Estado de S. Paulo.
OMC: impasse entre negociadores leva Doha ao colapso
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