OCDE: maior demanda nos países em desenvolvimento
Publicado por: MilkPoint
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A maioria do crescimento da demanda por produtos lácteos deverá ocorrer nos países de fora da OCDE, ou seja, países em desenvolvimento em sua maioria (a OCDE reúne os países mais desenvolvidos, entre eles os membros da União Européia (UE), EUA, Suíça, Austrália, Canadá e Japão). O forte crescimento na demanda nesta região reflete não somente o mais rápido crescimento populacional e de renda, mas também, os efeitos da contínua urbanização, desenvolvimento tecnológico e de produtos lácteos nestes países.
Na maioria dos países da OCDE, o consumo per capita de lácteos já é alto, com o futuro crescimento na demanda devendo ser menor do que nos países não pertencentes à organização. Em termos de categorias individuais de produtos, o consumo na área da OCDE deverá aumentar somente para queijos, enquanto o consumo de manteiga, leite em pó integral e, em particular, leite em pó desnatado, deverá declinar.
À medida que o crescimento no consumo ultrapassa a oferta na maioria dos países importadores, as importações de produtos lácteos deverão aumentar com exceção do leite em pó desnatado. Austrália, Nova Zelândia e UE devem continuar sendo os maiores exportadores nos mercados mundiais de lácteos.
Todavia, as exportações de manteiga e leite em pó desnatado da UE deverão declinar consideravelmente após os cortes no preços de suporte associados com a reforma da Política Agrícola Comum (PAC). Além disso, uma taxa muito mais lenta de expansão nas exportações deverá ser esperada para a Oceania comparada com a última década. Progressivamente, a Argentina e a Ucrânia estão emergindo como importantes players nos mercados de exportação de lácteos.
O forte crescimento no consumo na Rússia levará ao aumento das importações de manteiga, queijos e leite em pó até 2015. O Japão e os EUA continuarão sendo importantes importadores de queijos, enquanto o Oriente Médio, o norte da África e o México expandirão suas importações de leite em pó.
Preços
Os preços mundiais dos produtos lácteos deverão retomar sua tendência de aumento em termos nominais após 2008, atingindo níveis similares aos atingidos em 2005 ao final do período projetado no relatório, com exceção dos queijos. O indicador mundial do preço dos queijos deverá ser quase 10% menor comparado com seu nível excepcionalmente alto em 2005. Um firme crescimento na demanda de importação, principalmente nos países em desenvolvimento, e um crescimento mais lento na oferta da UE e da Nova Zelândia, deverão manter a pressão de alta nos preços dos produtos lácteos.
O relatório completo pode ser acessado no site da FAO.
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