Estamos vivendo uma situação sem precedentes. Todos os setores estão sendo impactados, inclusive a cadeia do leite. “O surto da doença causada pelo novo coronavírus impactou significativamente a vida dos consumidores em todo o mundo, elevando a busca por produtos de abastecimento de emergência e de suprimentos de saúde. As vendas em, aproximadamente, 150 cadeias varejistas crescem de forma exponencial a cada semana, apontando que o brasileiro tem se preparado para uma vida mais restritiva”, comentou Valéria Ragoni, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Nielsen.
O fechamento do canal de food service causou um baque na indústria láctea, principalmente nos fabricantes de queijo, que destinam quase metade dede seus produtos para esse segmento. Os produtores de queijos artesanais também sofrem, sobretudo os localizados em regiões turísticas.
Apesar de tudo, o setor tenta reagir, o e-commerce aumentou, as vendas de atacado estão sendo direcionados ao varejo, as pequenas indústrias (fiscalizadas por SIM e SIE) estão podendo redirecionar o leite excedente para laticínios maiores (que possuem SIF), via venda de leite spot.
“Estes problemas, no entanto, são pontuais, afetando mais determinadas empresas e até beneficiando outras. A grande questão é o efeito da crise na renda da população e, com isso, no consumo de lácteos”, explica Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint. Para ele, o que vai determinar a extensão disso são dois aspectos principais: a duração da quarentena (e sua intensidade) e a forma de retomada da economia no terceiro trimestre.
“Estes dois aspectos determinarão em grande parte a redução da renda e, consequentemente, do consumo de lácteos”, afirma. Há, ainda, outros aspectos relevantes como o comportamento do mercado mundial de lácteos e o câmbio, que podem inclinar nosso mercado em direção a mais importações e até mesmo exportações.
Por fim, trata-se de um cenário altamente inusitado, cujas consequências são desconhecidas. A queda de renda se traduzirá em menor consumo, considerando as medidas utilizadas de elasticidade-renda para lácteos? Ou os efeitos serão maiores, ou menores, neste último caso em função da redução mais drástica dos gastos em outros itens de consumo (como bens duráveis e viagens), afetando menos o consumo de alimentos?
Para trazer um pouco de luz a esses importantes questionamentos, o MilkPoint, por meio do MilkPoint Experts — nosso programa de eventos online — decidiu reunir especialistas para, não só oferecer um panorama em tempo real da atual situação do mercado no Brasil e no mundo, mas também traçar e discutir cenários futuros a partir da magnitude da queda na renda. A iniciativa é um oferecimento da Boehringer Ingelheim, com apoio da Abraleite.
O acesso é gratuito a quem se inscrever. Já são quase 1200 inscrições, de todas as regiões do Brasil, além de outros países como Uruguai, Argentina e Paraguai. Contamos também com inscrições de representantes dos 20 maiores laticínios do País, de grandes entidades envolvidas no setor (como Abraleite, Silemg, Sindileite, Emater, Embrapa, Secretarias de Pecuária e Abastecimento, Senar e Sebrae) e de várias das maiores fazendas produtoras de leite do País.
O evento ocorrerá na próxima quinta-feira (16/04), a partir das 14h, tendo a participação de Valéria Ragoni (Nielsen), Valter Galan (MilkPoint Mercado), Andrés Padilla (Rabobank), Roulber Carvalho Gomes da Silva (Boehringer Ingelheim) e Marcelo Pereira de Carvalho (AgriPoint), tratando de todos os segmentos da cadeia, desde a produção e processamento até o comportamento de consumo, nos âmbitos nacional e internacional.
Após as apresentações, os participantes poderão enviar suas perguntas por WhatsApp para serem respondidas durante o debate.
Não temos dúvidas de que será um evento incrível! Vai ficar de fora? Confira a programação e faça sua inscrição gratuitamente aqui. Chame os amigos para esse encontro virtual. Te aguardamos lá! #oleitenãopara
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail eventos@agripoint.com.br ou pelo telefone/WhatsApp 19 9.9247-5347.
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