NZ: Fonterra não cobre demanda de leite em pó da China
A cooperativa de lácteos neozelandesa Fonterra está enfrentando a crescente demanda de leite em pó na China, o que se torna cada dia mais difícil porque os volumes enviados àquele país não estão sendo suficientes. De acordo com o gerente executivo da cooperativa, Andrew Ferrier, as vendas de leite à China "são menores do que deveriam".
Publicado por: MilkPoint
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"Não estamos vendendo à China no ritmo que o país pede devido ao fato de não termos oferta de leite suficiente", disse Ferrier. Durante os primeiros sete meses do ano, a China importou 110 mil toneladas de leite em pó, por US$ 380 milhões, 3,1% a menos que no mesmo período de 2006.
Segundo a consultora australiana Freshlogic, a redução das exportações da Fonterra permitiu que seus competidores europeus e asiáticos ganhassem maior participação no mercado. As importações da China provenientes da União Européia (UE) alcançaram 15 mil toneladas nos primeiros sete meses do ano, 39% a mais que no mesmo período de 2006. A Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) aumentou também suas vendas à China, em 48,5%, alcançando 12 mil toneladas. A ASEAN foi estabelecida em 1967 por cinco países fundadores e atualmente tem 10 países integrantes, entre eles, Filipinas, Malásia e Indonésia.
Em 2005, a Fonterra comprou 43% das ações da SanLu - companhia de lácteos chinesa líder na produção de leite em pó do país - para aumentar sua participação neste mercado. Além disso, a empresa está comprando leite no mercado local para cumprir com os compromissos de venda.
A consultora de agronegócios, Beijing Orient (BOABC) informou que a escassez de leite em pó tem gerado interesse na indústria leiteira local. Empresas locais como Guangming, Pili, Mengniu e Sanyuan planejam estabelecer e expandir a produção de leite em pó e 50% das plantas leiteiras têm adotado uma linha de produção de leite em pó desnatado.
Além disso, como forma de estimular a produção de leite no mercado interno da China e evitar assim a alta dos preços, o Conselho Estatal do país anunciou recentemente um subsídio aos produtores, pelo qual se pagará US$ 67 (500 yuan) por vaca de cria. Muitos produtores chineses estão desestimulados para seguir na atividade devido ao aumento nos custos, enquanto os preços pagos ao produtor, que são de US$ 0,27 por litro (2 yuan) não foram ajustados nos últimos meses.
A reportagem é do Conexión Agropecuaria, publicada no site Lechería Latina.
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