NZ: fazendas maiores e em menor número

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Os últimos dados na indústria de lácteos da Nova Zelândia mostram que as fazendas maiores estão se tornando cada vez mais comuns no país, informa reportagem de Stephen Ward para o site Nzherald.co.nz. Os novos dados, fornecidos pelo Business Herald by Statistics New Zealand, indicam que o número de fazendas leiteiras caiu de cerca de 16,8 mil em 1994 para cerca de 14 mil em 2002, enquanto o número de fazendas maiores por área aumentou acentuadamente.

As fazendas leiteiras de mais de 200 hectares passaram de 1834 para 2874; as de mais de 400 hectares passaram de 351 para 674; e as de mais de 600 hectares passaram de 102 para 244.

Entre o meio da década de setenta e o ano de 2004-05, o número de vacas passou de 2 milhões para cerca de 3,8 milhões. No entanto, o número de rebanhos caiu mais de 6 mil, ficando em um pouco menos de 12,3 mil, enquanto o tamanho médio do rebanho passou de 112 para 315. Houve um aumento de 45 vacas por rebanho médio desde 2001-02 - neste período, a área total destinada à produção leiteira era de pouco mais de 1,4 milhão de hectares.

O gerente geral de desenvolvimento estratégico da LIC, David Hemara, disse que em 2002 cerca de 10% dos rebanhos tinham mais de 500 vacas, e este número provavelmente aumentou para mais de 15% na atual estação produtiva terminada em maio. Além disso, em 2004-05, dois terços dos rebanhos tinham entre 100 e 249 vacas.

A cooperativa de lácteos Fonterra disse que esta tendência significa que a produção média de leite por fornecedor aumentou de 90 mil quilos de sólidos do leite em 2002-03 para mais de 105 mil quilos na última estação, quando a cooperativa registrou produção recorde.

Dados da LIC mostram que os rebanhos de 650-750 vacas foram os mais produtivos em 2004-05 em termos de produção média em quilos de sólidos do leite por vaca (334 kg). É interessante notar que os rebanhos maiores - de mais de 1000 vacas - produziram menos, em média (307 kg), enquanto os menores de 150 vacas produziram em média menos de 300 kg. Entretanto, esses dados não medem a relação entre os custos de produção e a produtividade, ou levam em consideração diferentes ambientes de produção.

Hemara disse que a taxa de agregação de fazendas deverá continuar, suportando os preços dos lácteos. Ele disse que é possível que haja uma queda significante nos números de rebanhos e um grande ganho no tamanho médio dos rebanhos na próxima década.

O diretor executivo da maior corporação rural da Nova Zelândia, Landcorp, Chris Kelly, também concorda que haverá mais agregação, e que esta é necessária para uma eficiência maior. Segundo ele, o status da Nova Zelândia como um país que produz leite a baixos custos está sendo ameaçado pelos países da América do Sul, e as fazendas maiores ajudam a controlar os custos.
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