Novas regras para regulamento técnico de lácteos

Com o objetivo de normatizar diferentes produtos lácteos e viabilizar o enquadramento dos produtos em cada categoria, foi realizada na última semana uma reunião, juntamente com os ministérios da Agricultura e da Saúde, para discutir o regulamento técnico de identidade e qualidade de lácteos. Os regulamentos técnicos de leite aromatizado e leite em pó modificado foram alterados, e foi criado um novo regulamento de composto lácteo.

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Com o objetivo de normatizar diferentes produtos lácteos e viabilizar o enquadramento dos produtos em cada categoria, foi realizada na última semana uma reunião, juntamente com os ministérios da Agricultura e da Saúde, para discutir o regulamento técnico de identidade e qualidade de lácteos. Os regulamentos técnicos de leite aromatizado e leite em pó modificado foram alterados, e foi criado um novo regulamento de composto lácteo.

Normalmente o leite aromatizado e o leite em pó modificado são comercializados com diferentes concentrações de proteína láctea, o que não é informado ao consumidor nos rótulos das embalagens. Sendo assim, será criado um padrão da composição desses dois produtos e foi criada uma nova categoria - o composto lácteo.

Segundo Marcelo da Costa Martins, assessor técnico da Comissão de Pecuária de Leite da CNA, pretendeu-se com esse regulamento viabilizar a criação de produtos com percentual de base láctea maior - nenhum produto poderá ter menos de 51% de base láctea - e elevar a proteína láctea, para que se utilize cada vez mais leite. Além disso, deverá ser informada nos rótulos das embalagens a composição nutricional do produto (quantidade de soro de leite, proteínas, entre outros). O teor de proteína do produto terá de ser no mínimo 1,9%.

No ano passado, houve alterações no processo de regulamento técnico de bebida láctea e no de requeijão, que estava sendo produzido com amido e gordura vegetal, e sendo rotulado como especialidade láctea.

De acordo com Martins, o leite em pó modificado tem algumas características específicas, às quais a maioria dos produtos fabricados não está adequada.

Para Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, "a grande preocupação é com a fraude; não há dúvidas que o soro é um componente que tem as suas funções e que pode ser aproveitado como um ingrediente de fórmulas alimentares, mas as coisas têm que ser regulamentadas, até porque produtos da mesma categoria disputam o mercado de forma muito conflitante com as propostas dos produtos".

Segundo Alvim, a regulamentação minimiza essa confusão do consumidor em relação à composição de cada produto e dá direitos iguais para todos aqueles que querem produzir determinada categoria de produto.

"Foi um grande avanço, de uma maneira responsável e madura da cadeia em resolver seus problemas", destaca Alvim. A proposta ainda será encaminhada ao setor jurídico e a partir dessa aprovação as indústrias terão um período para se adequarem às novas regras e alterarem os rótulos que identifiquem a embalagem.

Equipe MilkPoint
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Aluízio Lindenberg Thomé
ALUÍZIO LINDENBERG THOMÉ

FARIA LEMOS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/12/2006

Parabéns, Rodrigo Alvim, extensivo ao Marcelo Martins. A CNA vem insistentemente trabalhando em medidas estruturais que, somadas ao longo dos anos, vão se tornando significativas para a manutenção do preço do leite ao produtor, em que pesem todas as outras dificuldades inerentes ao negócio e não controláveis.

Ao invés de chorar preços, ao trabalho! Quanto mais suporte nós produtores dermos às nossas Federações, e por tabela à CNA, mais poder de interferir em nosso destino teremos.

Portanto, quando chegar o mês de maio, não podemos nos esquecer de pagar a Contribuição Sindical! E se cada um conseguir a adesão de dois ou três mais "esquecidos", melhor!
Qual a sua dúvida hoje?