No Brasil, o novo varejo está nascendo

Hoje, muitas companhias estão subsidiando custos com logística (a exemplo dos fretes) para conquistar maior relevância no digital. Isso porque quem entrega em menos tempo (ou permite a compra online para retirar na loja física, por exemplo) terá vantagem e poder de barganha com o consumidor.

Publicado por: MilkPoint

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Em 2017, o empreendedor chinês Jack Ma, fundador da Alibaba, escreveu uma carta aos investidores da companhia antecipando uma tendência: o “new retail”, o novo varejo. Ma descreveu a iniciativa como o “desaparecimento das fronteiras entre o online e offline” e a evolução do e-commerce.

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Algo que empreendedores e empresários estão fazendo acontecer neste momento no Brasil. O novo varejo de Jack Ma faz parte da estratégia “Five New” que inclui também o “New Finance” (novas finanças), “New Manufacturing” (nova manufatura), “New Technology” (nova tecnologia) e “New Energy” (nova energia).

Veja a definição dos termos:

Figura 1

No Brasil, o grupo Iguatemi é um exemplo de empresa que teve de banir as fronteiras entre o físico e o digital. Com 3.322 lojas em seus 14 shoppings e dois outlets premium distribuídos em quatro estados, os lojistas viram suas vendas físicas, com clientes na loja, zerarem durante a quarenta, desde meados de março.

Ao mesmo tempo, as compras pelo Iguatemi 365, que é o marketplace de marcas do shopping, cresceram 10 vezes – isso considerando os cinco primeiros meses do ano, sendo que os últimos dois meses foram determinantes para este crescimento.

O Magazine Luiza é outro exemplo. O Magalu ultrapassou, pela primeira vez, a marca de R$ 100 bilhões em valor de mercado desde que colocou os pés na bolsa de valores brasileira, em 2011, mesmo com a maior parte das lojas fechadas por conta da pandemia.

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O motivo? A escalada de 73% do comércio eletrônico, no qual deve se consolidar o futuro do setor. O Parceiro Magalu, iniciativa do Magazine Luiza para apoiar, por meio de sua plataforma digital, pequenos varejistas e autônomos, é também um exemplo de integração do grande com o pequeno varejo.

Protagonistas do novo varejo

No Brasil, diferentemente da China, a transformação digital para o novo varejo não será capitaneada por uma única empresa. Essa é a opinião de Pedro Daltro, presidente da CCP, empresa da Cyrela que administra shoppings e centros logísticos.

Para o executivo, enquanto nos Estados Unidos há grandes atores digitais como Amazon, Walmart e Target, no Brasil há nomes como Via Varejo e B2W, que também estão avançando fortemente no online. Daltro acredita que, no país, o maior desafio que essas empresas enfrentarão será a logística.

Hoje, muitas companhias estão subsidiando custos com logística (a exemplo dos fretes) para conquistar maior relevância no digital. Isso porque quem entrega em menos tempo (ou permite a compra online para retirar na loja física, por exemplo) terá vantagem e poder de barganha com o consumidor.

Este, no entanto, é um desafio que não é exclusivo do Brasil e começa a ser enfrentado com o avanço da tecnologia de inteligência artificial no setor de logística. Um exemplo recente é o investimento da Amazon na startup britânica Beacon, que usa dados em tempo real para rastrear cargas, além de uma plataforma marketplace para pesquisar custos e preços de trajetos.

As informações são do Newtrade.

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