Nilza negocia dívida com fornecedores
O endividamento da Indústria de Alimentos Nilza é de R$ 200 milhões, segundo o presidente da empresa Adhemar de Barros Neto. A dívida de "R$ 170 milhões é de longo prazo e o restante refere-se à perda de 60% do capital de giro". De acordo com Barros, a companhia deve R$ 6 milhões aos fornecedores. Foi esse "problema de fluxo de caixa" que teria motivado uma reunião com os transportadores. Segundo informou um dos credores, a Nilza está com o pagamento de dois meses atrasado.
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O passivo referente aos fornecedores chega a R$ 4 milhões, revela o presidente do laticínio. Os produtores de leite também estariam sem receber há pelo menos dois meses. Dívida que seria saldada em quatro meses. Só a Agropecuária Taquari - empresa do triângulo mineiro que entrega leite para a fábrica da Nilza de Ribeirão Preto (SP) - é credora de R$ 750 mil reais. A Biolac Indústria Alimentícia Ltda. seria detentora de um crédito um pouco maior, R$ 800 mil. Montante que a empresa teria protestado judicialmente.
A Tetra Pak, fornecedora de embalagens da Nilza, estaria exigindo pagamento à vista, o que estaria motivando uma redução até 50% na captação de leite. De acordo com cálculos de analistas do setor, o endividamento total da empresa seria maior que o valor da mesma e teria começado com a aquisição da mineira Milenium no início do ano por R$ 130 milhões - com direito a pagamento de uma multa de R$ 13 milhões à Parmalat, que já estava na fila de negociações. A compra da Milenium foi viabilizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que hoje detém 35% do capital da Nilza.
A escassez de novas linhas de crédito também é a justificativa dada pelo presidente da Nilza para a revisão do projeto de construção da fábrica de Alfenas (MG), obra atualmente parada, segundo ele à espera de licença ambiental. Lá seria produzido leite em pó e condensado. O protocolo de intenção para a construção da fábrica foi assinado com o governo de Minas e previa o gasto de R$ 40 milhões, duas vezes mais que o crédito perdido há algumas semanas entre investidores que não se concretizaram.
A Nilza têm três fábricas - uma em Itamonte (MG), outra em Campo Belo (MG), além da fábrica de Ribeirão Preto - com uma capacidade total de beneficiamento estimada pelo mercado em 1,6 milhão de litros por dia, e fadada a uma ociosidade de 30% conforme admite Barros Neto.
A matéria é de Gilmara Botelho, publicada na Gazeta Mercantil, adaptada pela Equipe MilkPoint.
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BAMBUÍ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/01/2009
Estou representando vários produtores que fornecem para a empresa Nilza na cidade de Bambui-MG. Ate hoje, dia 21 de janeiro, ainda nao recebi o pagamento do leite do mes de novembro e segundo fonte de dentro da empresa, nao tem previsao de pagamento dentro de janeiro. E para quem parou de entregar para ela, ainda sera pior, pois serão os últimos a serem pagos sem data prevista.
Agora, a gente que vive só dessa renda, como iremos fazer, pois estamos nas mãos dessa empresa.
Fornecedores da cidade de Bambuí-MG, onde a empresa Nilza tem uma base de captação de leite, constando 3 caminhões que fazem essa captação.

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 10/12/2008