O potencial do mercado de nutrição para a saúde do cérebro está apenas começando a ser percebido e a Nestlé já destacou suas intenções de competir neste mercado ao assinar um acordo com o Instituto Federal Suíço de Tecnologia (EPFL, da sigla em inglês) para expandir o papel da nutrição na função cognitiva.
O acordo também incluirá pesquisa para melhora de sabor e aroma, uma área na qual a Nestlé e a EPFL já estabeleceram uma parceria bem sucedida. A Nestlé contribuirá com até 5 milhões de francos suíços (US$ 4,14 milhões) por ano durante cinco anos, com uma revisão após quatro anos para potencialmente estender o projeto por mais tempo.
O projeto com o EPFL foi estimulado por desenvolvimentos recentes na neurociência, disse van Bladeren, de que o cérebro não permanece fixo após o desenvolvimento inicial com os danos sendo irreparáveis, e que continua mudando ao longo da vida, com as células danificadas sendo reparadas e com novas sendo feitas. "Nós sabemos que a dieta pode ter efeitos bastante benéficos no amadurecimento e envelhecimento do cérebro".
A relação entre nutrição e função cognitiva é uma área que tem sido negligenciada, mas estudos recentes buscando potenciais papéis protetores de alimentos como chá verde e peixe, contra doenças como mal de Alzheimer, entre outras, mostram que isso está mudando lentamente. A Nestlé disse que isso oferece oportunidades.
Os fatores de risco para a doença de Alzheimer são metabólicos, disse a pesquisadora da Escola de Medicina da Universidade Toulouse, Sandrine Andrieu. Esses incluem colesterol, diabetes, hipertensão, altos níveis de homocisteína e obesidade. Outro fator de risco é o estresse oxidativo, disse ela.
As oportunidades parecem surgir de duas formas - melhorar a distribuição de energia para o cérebro (o metabolismo de energia do cérebro cai durante o envelhecimento e a doença de Alzheimer) e melhorar o perfil metabólico geral da pessoa (ingredientes tradicionais, fitonutrientes, lipídios bioativos pré-e-próbioticos) para reduzir os riscos de desenvolvimento da doença.
A Nestlé já tem vários ingredientes que contribuem com a produção de energia, incluindo a mistura de micronutrientes (vitaminas B e C, magnésio, ferro e cálcio) ActigenE e o Nutriactive B, contendo vitaminas A, B, C, D e E, além de minerais.
Van Bladeren disse que a Nestlé buscará novos e já existentes nutrientes e investirá em novas formas de melhorar a biodisponibilidade. "Nós podemos encontrar uma forma nova para um ingrediente natural".
Um exemplo disso é o suplemento de licopeno (innéov lycopene), a primeira investida da Nestlé no mercado de suplementos dietéticos, mas que ainda não está comercialmente disponível. Para melhorar a biodisponibilidade, os pesquisadores produziram uma forma de lacto-licopeno, dando à companhia uma forma patenteável de um nutriente existente.
Atualmente, a Nestlé gasta 1,5 bilhão de francos suíços (US$ 1,24 bilhão) em pesquisa e desenvolvimento, o que equivale a 1,6% do faturamento anual da companhia.
A reportagem é de Stephen Daniells para o site Foodnavigator.com.
Em 28/11/06 - 1 Franco Suíço = US$ 0,82884
1,20650 Franco Suíço = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
Nestlé investe em pesquisa sobre papel da nutrição na saúde do cérebro
O potencial do mercado de nutrição para a saúde do cérebro está apenas começando a ser percebido e a Nestlé já destacou suas intenções de competir neste mercado ao assinar um acordo com o Instituto Federal Suíço de Tecnologia (EPFL, da sigla em inglês) para expandir o papel da nutrição na função cognitiva.
Publicado por: MilkPoint
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