Nestlé aposta nos emergentes para se proteger da crise

A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, aposta nos mercados emergentes, como o Brasil, para evitar que a recessão mundial afete seus lucros. A Nestlé admite que seu objetivo é conquistar 1 bilhão de novos clientes nos países emergentes em dez anos.

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A maior empresa de alimentos do mundo, a Nestlé, aposta nos mercados emergentes, como o Brasil, para evitar que a recessão mundial afete seus lucros. A Nestlé admite que seu objetivo é conquistar 1 bilhão de novos clientes nos países emergentes em dez anos.

A multinacional teve vendas recordes no mundo em nove meses e 17% de alta nas vendas no Brasil, prometendo agora lançar uma série de produtos, até mesmo uma feijoada pronta. Outra meta é comprar uma empresa de águas no País. Mas sua cúpula alerta: o Brasil precisa manter a estabilidade econômica e garantir uma maior distribuição de renda.

No acumulado de janeiro a setembro, a empresa vendeu US$ 70,1 bilhões, 3,4% acima do que havia registrado em 2007. Nas Américas, as vendas chegaram a US$ 20 bilhões. Nos países emergentes, o crescimento orgânico das vendas foi de 17%, ante 6% na Europa. No mundo, o crescimento orgânico da Nestlé foi de 8,9%. E a venda de comida para animais superou a de chocolates, calculada em US$ 8 bilhões.

Hoje, um terço das vendas da Nestlé ocorre nos mercados emergentes. Em dez anos, a estimativa é que os países ricos representem 55% das vendas da multinacional. Para o presidente da Nestlé, Paul Bulcke, o Brasil é um mercado chave. "E vemos que continuará crescendo. Não vamos falar em crise. O que temos são ventos. Vamos acelerar nossas atividades no Brasil."

Pensando nisso, a empresa quer expandir sua linha de produtos fabricados em Feira de Santana (BA), que são destinados a uma classe de renda mais baixa. As embalagens são menores e os produtos, mais baratos. Trata-se de uma estratégia mundial, adaptando os produtos ao nível de renda e garantindo um número maior de consumidores. Mas há outros projetos para o País. "Queremos criar uma linha de produtos locais, congelados ou em latas", disse Marc Caira, vice-presidente da Nestlé.

Outro objetivo da empresa é adquirir uma empresa de águas no Brasil. "O País tem potencial de ser um dos maiores mercados para água engarrafada no mundo", afirmou o diretor de águas da Nestlé, John Harris. Hoje, a Nestlé tem 19,2% do mercado mundial de águas, ante 9,4% da Coca-Cola.

No Brasil, a Nestlé enfrenta a resistência de ativistas ambientais para a exploração das águas da região de São Lourenço, em Minas Gerais. Harris admite que está de olho nas eleições municipais, insinuando que uma mudança política pode ter impacto em seus investimentos. Outra opção que ele não descarta é a formação de uma joint venture com a InBev para distribuir água pelo Brasil.

A matéria é de Jamil Chade, publicada no jornal O Estado de SP, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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Christiano Farley Flores da Mota
CHRISTIANO FARLEY FLORES DA MOTA

POMPÉU - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 28/10/2008

Gostaria de informar aos colegas leitores e ao pessoal de Goiás que estamos também, organizando um movimento que irá demonstrar o sofrimento dos produtores de leite do Brasil. No dia 07/11/08 iremos promover um movimento com presença da mídia, que atraves do qual iremos distribuir de 8 a 16 mil litros de leite para a população. Estamos contando, também, com o apoio do comércio, os quais irão fechar suas portas durante o movimento.

Este é apenas o primeiro e de menor respaudo que estamos organizando. Pretendemos, via judicial, fazer um manifesto na porta das fábricas da Itambé impedindo, assim, a entrada e saida de produtos da empresa por um determinado tempo. Peço aos produtores, técnicos e demais pessoas envolvidas, direta ou indiretamente na atividade que juntem-se a nossa causa e entrem em contato conosco. Sejamos unidos pelo menos uma vez.

Grato, Christiano F. F. Mota
Kleber de Faria
KLEBER DE FARIA

IPAMERI - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 26/10/2008

Já sabemos o que o Brasil como país emergente pode fazer por empresas multinacionais. Queremos saber a fundo e com transparência o que realmente estas empresas podem estar fazendo pelo Brasil meio ambiente como um todo.
Carlos Carvalho de Souza Neto
CARLOS CARVALHO DE SOUZA NETO

IBIRAPUÃ - BAHIA - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 25/10/2008

O mercado Brasileiro têm crescido e muito nos ultimos anos. Esse investimentos nos mercados emergentes são uma ótima alternativa, como a India e Brasil, pois há um aumento do consumo de alimentos, por consequencia do aumeto do poder aquisitivo dos consumidores.
Roberto Carlos de Castro
ROBERTO CARLOS DE CASTRO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/10/2008

Nós produtores rurais, que trabalhamos com a pecuária leiteira, devemos na minha opinião criar um fundo de reserva, ou seja, descontar uma alíquota no preço do leite que recebemos e aplicar esse percentual em propaganda no rádio e na tv, como fazem as fábricas de refrigerantes e de cervejas, pois a propaganda é a alma do negócio e no leite não se faz isso. Como queremos que os preços melhorem ou que as vendas aumentem se não fazemos nada e só ficamos reclamando da situação?

Nós produtores temos que atuar também da porteira para fora. Nós temos que ver isso como investimento e não como mais uma despesa. Por exemplo, algum produtor já assistiu a algum comercial com uma criança tomando leite em horário nobre na tv ou ouviu no rádio, ou viu algum outdoor em um lugar bem localizado com uma simples frase: "Tenha saúde, bela leite"? Já passou da hora de valorizarmos o nosso produto, pois desempenhamos um papel importante no agronegócio nacional. Um abraço.
Marcelo Ormelas Valadares
MARCELO ORMELAS VALADARES

UNAÍ - MINAS GERAIS

EM 24/10/2008

É muito interessante em um momento de crise, a Nestle exergar uma oportunidade no mercado. Como disse o Presidente da Nestle, são apenas ventos que sobram no sentido contrario.
Qual a sua dúvida hoje?