Neozelandeses prevêem produzir 20% do leite uruguaio

A empresa New Zealand Farming Systems prevê representar 20% do total da produção leiteira do Uruguai até o ano de 2012. Em apresentação feita dia 14 de agosto, na qual divulgou o balanço fechado em 30 de junho, a empresa disse que é provável que empreenda aumentos adicionais de capital "nos próximos meses".

A companhia - um fundo de investimentos criado em dezembro de 2006, cujas atividades locais são administradas pela também neozelandesa PGG Wrightson - já comprou 36,3 mil hectares de terra no Uruguai e tem um rebanho de 50 mil cabeças de gado bovino de diferentes categorias.

Ao fechamento do exercício finalizado em 30 de junho, a empresa tinha 11 fazendas e prevê ter outras 19 em setembro do ano que vem. Em junho, a empresa tinha 6 mil vacas produzindo leite e prevê chegar a 14 mil em junho do ano que vem.

Segundo a apresentação feita pelos investidores sobre o primeiro exercício fiscal completo, a apreciação do valor da terra foi de US$ 31,8 milhões no período. Isso se deve à re-valorização da terra junto à incorporação de pastagens e construção de diferentes instalações.

Nos 12 meses terminados em junho, o aumento no valor do estoque bovino da empresa chegou a US$ 14,3 milhões. Isso ocorreu pela alta no valor de mercado dos animais e pela mudança de categorias do rebanho para exemplares de maior preço.

Os lucros líquidos da empresa, após o pagamento de impostos, foram de US$ 1,6 milhão e os ativos totalizaram US$ 346,3 milhões - contra US$ 184 milhões do período anterior -, enquanto o patrimônio chegou a US$ 223,6 milhões. A "caixa" da empresa em 30 de junho chegava a US$ 32,3 milhões.

O fundo neozelandês disse que seguiria "investigando" a possível expansão do negócio à medida que os preços da terra e outras variáveis econômicas permitam isso. A companhia também estuda investir no Brasil (Leia matéria relacionada).

A reportagem é do El País, adaptada e traduzida pela Equipe MilkPoint.