MT: vendas de UHT da Parmalat caem 30% em Cuiabá

A apreensão de leite adulterado em Minas Gerais provocou a queda de 30% nas vendas de longa vida da marca Parmalat em Cuiabá (MT). E, segundo a Associação dos Supermercadistas do Estado (Asmat), a repercussão pode impactar a venda de outras marcas de leite comercializadas no mercado local. A previsão é que as vendas do produto caiam 10% nos próximos dias.

Mas o presidente da Asmat, Altair Magalhães, não acredita em perdas porque os supermercados não mantêm grandes estoques de produtos perecíveis como lácteos e leite.

Coincidência ou não, os preços do leite Parmalat sofreram recuo em algumas redes de supermercados. O Big-Lar decidiu fazer promoção ontem, vendendo o produto por R$ 1,69, uma redução de 15% em relação ao preço praticado na semana passada, R$ 1,99. A marca Batavo também registrou recuo (caiu de R$ 2,39 para R$ 2,19), enquanto o Lacbom foi mantido em R$ 1,65.

Na rede de Supermercados Modelo, os preços ontem registraram alta para quatro marcas, inclusive a Parmalat, que passou de R$ 1,69 para R$ 1,99.

Segundo reportagem de Marcondes Maciel, do Diário de Cuiabá/MT, para conter a queda drástica das vendas em Cuiabá (MT), a Parmalat está fazendo recall nos supermercados da capital para informar que o leite longa vida da marca na cidade não é oriundo de Minas Gerais.

"Estamos informando que a população pode comprar o leite sem susto, pois não há qualquer associação entre o produto vendido aqui e o que teve problemas, que foi produzido em Minas Gerais. Os consumidores podem ficar tranqüilos quanto à qualidade do produto", disse uma promotora que pediu para não ser identificada.

A informação é confirmada por Magalhães. "O leite dessa marca vem da cidade de Ouro Preto do Oeste, em Rondônia. Os matogrossenses não consomem leite da bacia leiteira de Minas Gerais", esclareceu.