A URT faz parte do Programa do Governo de Mato Grosso Pró-Leite, que busca a eficiência da atividade, através de ações para melhorar a alimentação do gado e índices zootécnicos, minimizar os custos de produção para aumentar a renda da unidade familiar, dentre outros.
O engenheiro agrônomo da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Marcos Paulo Alves Balbino, explica que foi realizado um diagnóstico na área no período da implantação da URT e verificado que as pastagens estavam degradadas, faltava alimentação na seca e outros. “Adotamos estratégias para mudar o contexto da área, com planejamento e muito trabalho”, conta Marcos.
A mudança dentro da propriedade começou com a seleção do rebanho, recuperação de pastagem degradada, envolvendo as seguintes ações: análise de solo e interpretação, calagem, construção de cerca elétrica, manejo de pasto em sistema rotacionado, plantio da cana-de-açúcar e outros. Conforme Balbino, o principal fator é garantir uma alimentação de qualidade para o rebanho bovino e reduzir custos na atividade, realizando anotações mensais para análises e tomada de decisões.
Nos piquetes rotacionados foram implantados o capim da cultivar mombaça para alimentação no período das águas. No período da seca, a cana-de-açúcar será utilizada para o restante do rebanho e a silagem para vacas lactantes. O engenheiro Marcos, esclarece que a URT está servindo de modelo para os produtores da região na recuperação de pastagem e administração financeira e produtiva.
De acordo com Marcos, o trabalho também é organizar a parte financeira da produção leiteira, ou seja, controle para conferir se está obtendo lucro e identificar os pontos de estrangulamento no custo de produção. A esposa do produtor, Cleonice Roseghini, é a responsável pela coleta de dados e anotações de tudo que compra e vende. Os dados já estão sendo tabulados e serão apresentados no mês de agosto, quando completa um ano a URT.
Na propriedade são produzidos mais de 250 litros de leite por dia. A intenção do produtor Roberto é ampliar o plantel para 50 vacas em lactação e produzir até 650 litros/leite/dia, com uma produtividade média de 13 litros de leite por vaca/dia. Ao todo são 56 hectares e quase 35 hectares de pastagens degradadas com o capim braquiária e solo de baixa fertilidade (menos de 15% de argila). “A ideia é também recuperar o pasto existente para instalar o sistema rotacionado com o capim braquiária”, destaca.
O trabalho também é executado pelo Gabinete de Desenvolvimento Regional (GDR) em parceria com a Secretaria de Agricultura Familiar e Assuntos Fundiários (Seaf), Prefeitura Municipal, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Empaer. A médica veterinária da prefeitura, Fernanda Maia, tem assistido a propriedade na área de sanidade dos animais.
As informações são da Folhamax.