A produção de leite em Mato Grosso subiu 6% em relação à capacidade diária do ano passado. Hoje, em média 503,63 litros de leite são captados por dia, enquanto o ano passado eram aproximadamente 475,13 litros por dia. Assim como a produção, os preços pagos aos produtores também apresentou elevação. A valorização atingiu 8,96%. Apesar disso, os preços neste final de ano com o encerramento da entressafra do leite já apresentam queda.

Segundo o Boletim Mensal do Leite, divulgado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em média os produtores receberam em 2014 R$ 0,815 pelo litro do leite, valor este superior aos R$ 0,748 pagos o ano passado. O levantamento salienta, ainda, que por este motivo a produção possivelmente sido estimulada.


“Além disso, as chuvas este ano foram mais distribuídas em Mato Grosso, possibilitando uma melhor produção ainda que na época seca, período no qual o leite é melhor remunerado. Este aumento no preço ao produtor teve reflexo direto nas cotações dos derivados na indústria, que se valorizaram, já no mercado varejista o impacto de aumento foi para o leite UHT e o queijo muçarela”, declara o Imea.

Conforme o Imea, hoje, existe uma sensação de desestímulo no segmento em decorrência a demanda enfraquecida no setor. O desestímulo é tanto por parte dos produtores quanto da indústria.

"Até setembro/2014, não havia impactado no preço do litro do leite in natura. Foi a partir de outubro/2014 que os preços começaram a diminuir, chegando a R$ 0,81/l, valor menor que o praticado em 2013. Há uma expectativa de que este cenário de baixa perdure em 2015, porém no período de entressafra pode ser que se tenham aumentos pontuais no preço do leite ao produtor. Mesmo com expectativa de preços mais baixos, a estimativa do Imea para 2015 é de uma captação de 646,17 milhões de litros, o que corresponde a um crescimento anual de 4,2%. Nos principais estados produtores de leite, também é descrita redução no preço do leite ao produtor, principalmente na região Sul (Rio Grande do Sul e Santa Catarina), que também atravessa um período crítico devido à adulteração no leite”, pontua o Imea.

A reportagem é do Agro Olhar