MS e CE: preços do leite não cobrem custos operacionais
Os valores pagos pelo litro de leite aos produtores de Mato Grosso do Sul e Ceará não cobrem os custos totais dos pecuaristas de leite. A receita obtida pelos produtores é inferior ao Custo Operacional Total (COT), que inclui despesas para reposição do maquinário e das benfeitorias do produtor, além dos desembolsos do COE (Custo Operacional Efetivo), que são os gastos com mão-de-obra, alimentação, insumos e medicamentos, entre outros itens.
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Os Ativos da Pecuária de Leite, pesquisa realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP), confirma o cenário dos atuais custos de produção da atividade leiteira observado em outros Estados. "A queda registrada nos preços e a entressafra tendem a agravar a situação nos próximos meses, pois a receita obtida continuará muito próxima aos gastos efetivos", explica o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim.
A exceção verificou-se em dois Municípios, Glória de Dourados (MS) e Iguatu (CE), onde a receita obtida pelos produtores paga todos os custos diretos e indiretos da atividade. No caso de Glória de Dourados, em Mato Grosso do Sul, o desempenho é atribuído ao melhor aproveitamento da área utilizada para a produção leiteira em relação a outros Municípios pesquisados.
A receita obtida pela pecuária leiteira, no mesmo período, em Iguatu, no Ceará, foi de R$ 48,3 mil, o mesmo valor do COT. Este resultado é atribuído a maior participação da venda de animais, que responderam por 24,22% da receita gerada. O restante, 75,78%, foi proveniente da venda do leite. A área típica usada para a atividade é de 39 hectares, com produtividade/hectare/ano de 1.638 litros.
Também consta dos Ativos da Pecuária de Leite o aumento do preço da terramicina, antibiótico utilizado para combater infecções no gado leiteiro, que obrigou o pecuarista a desembolsar mais pelo produto nos dois principais Estados produtores: Goiás e Minas Gerais. Em maio, o produtor goiano gastou 17,95 litros de leite para adquirir 50 ml do antibiótico, o que representa queda de 1% no poder de compra em relação a abril. Este desempenho é atribuído à valorização de 3,5% do antibiótico, contra uma alta de 2,5% no litro do leite. Em Minas Gerais, a proporção registrada foi de 16,78 litros de leite para 50 ml do insumo, resultado da valorização do litro em 2% e de 5% do insumo.
As informações são da Agência CNA.
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