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MP concentra inspeção animal nas mãos do governo federal

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 17/11/2014

2 MIN DE LEITURA

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O governo pegou carona na Medida Provisória 653 e incluiu uma proposta para que a inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal seja concentrada na esfera federal. Caso aprovada, a proposta acabará com as agências estaduais e municipais de defesa agropecuária e poderá resultar no fechamento de estabelecimentos menores. Para ser aprovada, a MP precisa do sinal verde de uma comissão especial e dos plenários da Câmara e do Senado até o dia 8 de dezembro, data em que perderá a validade.

O texto original da MP encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional trata de alterações no modelo de fiscalização de farmácias. Mas, na última quinta-feira, a pedido do Ministério da Agricultura, foi alterado pelo relatório do deputado federal Manoel Junior (PMDB-PB), da base aliada. A mudança gerou reação negativa de secretarias estaduais de Agricultura, especialistas e até do próprio governo.

De acordo com a Lei 1.283, que vigora no país desde 1950, a inspeção animal é competência dos governos estaduais, municipais e federal. Entretanto, a medida em questão sugere que esse serviço "é de competência da União".

O novo projeto estabelece, também, que "a União, através do Ministério da Agricultura, poderá celebrar convênios para delegação de competência através do reconhecimento de equivalência dos serviços de inspeção sanitária de produtos de origem animal do Distrito Federal, dos Estados e Municípios".

Isso significa dizer que, se aprovada a proposta, a inspeção de estabelecimentos que produzem carne e lácteos, por exemplo, passará a ser realizada exclusivamente pelos fiscais agropecuários federais do Ministério da Agricultura. E, ainda, que o Serviço de Inspeção Federal [SIF] será o único a prevalecer no Brasil, enquanto os serviços de inspeção estadual (SIE) e municipal (SIM) deixarão de existir.

De acordo o deputado Manoel Junior, os artigos referentes à inspeção agropecuária têm "anuência integral" do Ministério da Agricultura. "Estados e municípios não têm estrutura e condição para fazer inspeção de alimentos e o Ministério quer avocar para si toda essa responsabilidade", afirmou ao Valor.

Para Ênio Marques, ex-secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e que foi servidor de carreira da Pasta por 34 anos, a medida, entretanto, é inconstitucional, pois o sistema de inspeção animal no país não é federalizado. As mudanças propostas, segundo ele, também esbarram na permanente falta de profissionais para atuar na área.

"Se prevalecer essa lei, será necessário contratar muita gente e certamente uma quantidade muito grande de estabelecimentos terá que fechar as portas, porque muitos não vão conseguir atender aos requisitos", disse ele. "Isso abre espaço para a concentração de frigoríficos maiores, podendo interferir no preço dos produtos ofertados", acrescenta.

Marques explica que, na prática, a MP é uma tentativa de retomar a federalização do sistema de inspeção a frigoríficos - que já vigorou no Brasil entre 1971 e 1989, mas se mostrou ineficiente pela incapacidade de um só órgão cobrir todo o território nacional.

O secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, adverte que a existência de órgãos de fiscalização agropecuária municipais e estaduais é fundamental para a inspeção de pequenas e médias indústrias de produtos para alimentação. "Isso seria um grande retrocesso. Temos é que aumentar a oferta de serviços de inspeção, e o governo federal sozinho não consegue", analisou.

Procurados, o Ministério da Agricultura e as entidades Abiec (carne bovina) e ABPA (carnes suína e de aves) responderam que seus técnicos ainda estão avaliando as mudanças propostas pela MP.

A notícia é do Jornal Valor Econômico
 

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NELSOMAR PEREIRA FONSECA

MUTUM - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/12/2014

Falta de gestão, este e o problema, em meu município até hoje o abate é realizado sem fiscalização municipal e estadual, e se passar para a esfera federal, ai que a população irá perder as esperanças de um dia ter a certeza de estar consumindo, com segurança alimentar, fiscalizado e com higiene.

As administrações publicas municipais até hoje fizeram e fazem vistas grossas para o problema, como também a inspeção estadual, e se passar para federal adeus.

Trabalhei na EMATER - MG, e realizei várias semanas de Produtor Rural com palestras durante a semana e por duas vezes, sobre segurança alimentar e abate clandestino melhor(sem inspeção), realizada pelo delegado do IMA.

Meu município Mutum - MG.

Nelsomar Pereira Fonseca
ARNALDO BANDEIRA

CURITIBA - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/11/2014

Essa proposta do MAPA de federalizar toda a inspeção de produtos de origem animal é totalmente descabida. O sistema de inspeção atual é insuficiente e ficará ainda mais crítico se dispensar o esforço hoje realizado pelos Sistemas de inspeção Estaduais e Municipais. O que precisa é melhorar a qualidade da inspeção e a coordenação entre os três sistemas. Penso que a adoção do tal modelo proposto vai provocar um retrocesso muito grande na organização das cadeias produtivas, concorrendo para a destruição de um grande número de pequenos e médios estabelecimentos industriais que estão mais próximos e que apoiam os produtores, desarticulando o segmento da produção das cadeias produtivas que têm sustentação especialmente nas pequenas e médias propriedades, como é o caso por exemplo da cadeia produtiva do leite.   
LUIZ FELIPE CRISPIM LOURENÇO

ITATIBA - SÃO PAULO - INSTITUIÇÕES GOVERNAMENTAIS

EM 21/11/2014

Em que site eu contro a MP 653 com o texto falando sobre a Inspeção Federal? Em todos os sites que encontrei (inclusive os oficiais) só tem a MP 653 com o texto falando sobre as farmácias.
JOÃO MARCOS GUIMARÃES

CARRANCAS - MINAS GERAIS

EM 18/11/2014

O MAPA não dá conta da fiscalização dos laticínios com SIF, a fiscalização é desencontrada e sem critérios técnicos, muitas vezes depende do humor do fiscal.

Isto provocará o fim das pequenas fábricas que fazem produtos com qualidade e amor à arte de fazer queijos.

Quando o político não tem o que fazer deveria se retirar da vida pública e deixar de fazer propostas que prejudiquem setores já consolidados.

É um ato de pura covardia!!
MARCELLO DE MOURA CAMPOS FILHO

CAMPINAS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/11/2014

A alteração da MP 653 para incluir proposta de que a fiscalização de origem animal seja concentrada na esfera federal, acabando com as fiscalizações estaduais e municipais, feita pelo relatório do deputado federal Manoel Junior (PMDB) da base aliada a pedido do MAPA, é mais um exemplo do que nesse País se faz na "calada da noite", sem ampla discussão com os setores envolvidos.



Será que o MAPA não conhece os problemas da cadeia produtiva de leite e derivados do Brasil e a extensão do País, e desconhece as limitações que tem por falta de recursos e falta de fiscais? Será que desconhece que o problema de falta de fiscais será agravado pelo grande número de fiscais que estão para se aposentar?



Ou será que querem criar um monstro nos moldes da Petrobrás, onde a incapacidade de controle do Governo Federal levou à caótica situação atual?



Não há dúvida que a fiscalização do setor lácteo precisa melhorar, não só a municipal, estadual, como a própria federal.



Mas esse com certeza não é o caminho. O que precisa ser feito é aprimorar o entrosamento entre as fiscalizações municipais, estaduais e federal e a otimização dos recursos para esse fim.



Espero que essa proposta seja vetada pela presidente e que no seu lugar o MAPA promova ampla discussão na cadeia produtiva de leite e derivados  visando a melhoria da fiscalizaçõ e otimização de recursos públicos.



Marcello de Moura Campos Filho

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