Ministra da Agricultura pede R$ 4 bilhões para reforçar Plano Safra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, definiu o valor que quer para reforçar as linhas de investimento do Plano Safra 2020/21, que já deram sinais de esgotamento nos primeiros cinco meses de desembolsos na temporada. O pedido é por mais R$ 4 bilhões para serem usados pelo Tesouro Nacional para equalizar os juros controlados dos programas de longo prazo, segundo apurou o Valor.

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, definiu o valor que quer para reforçar as linhas de investimento do Plano Safra 2020/21, que já deram sinais de esgotamento nos primeiros cinco meses de desembolsos na temporada. O pedido é por mais R$ 4 bilhões para serem usados pelo Tesouro Nacional para equalizar os juros controlados dos programas de longo prazo, segundo apurou o Valor.

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O aperto fiscal do governo é um entrave para a equipe de Paulo Guedes conseguir atender a demanda. O Ministério da Economia destinou R$ 11,5 bilhões para equalização de juros no ciclo 2020/21, 75% disso (R$ 8,63 bilhões) para apoiar os investimentos, que são operações de mais longo prazo, mais caras e que consomem mais recursos federais. Além disso, mais da metade desse valor foi desembolsado e boa parte está comprometida com operações já iniciadas e que aguardam para ser concretizadas.

Até o fim de outubro, os produtores já haviam contratado R$ 26,4 bilhões em operações de investimentos, ritmo 50% maior que no mesmo período de 2019. O forte apetite levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a suspender os pedidos de novos financiamentos de diversas linhas desde setembro, desde o Pronaf, que atende agricultores familiares, ao PCA, para construção de armazéns, e o Moderfrota, principal programa de compra de máquinas e implementos agrícolas por grandes produtores. A Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) já pediu reforço no crédito oficial para suprir a demanda.

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Tanto BNDES quanto Banco do Brasil já anunciaram aportes adicionais em linhas com capital próprio, sem subvenção, mas com as mesmas taxas para apoiar novos investimentos.

Com procura aquecida em todas as linhas, o Ministério da Agricultura não cogita um remanejamento de recursos e por isso a tentativa é de um aporte extra. A cifra de R$ 4 bilhões, quase metade do que foi disponibilizado em julho para a safra, é considerada alta e difícil de atender, na avaliação de integrantes do governo.

Na semana passada, em evento online, Tereza Cristina disse que o esgotamento de dinheiro em quase todas as linhas mostra que o Plano Safra foi um sucesso. "É um bom problema. Precisamos arrumar mais recursos para que os produtores trabalhem e possam investir cada vez mais no seus negócios”, afirmou.

As informações são do Valor Econômico.

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