Segundo relatos do Agroligadas, grupo de mulheres do agronegócio de Mato Grosso, o conteúdo de algumas escolas destinado às crianças transmite informações atrasadas e incorretas de que o setor é responsável por trabalho escravo, por exemplo. “Não sei se é só atraso ou vontade de mostrar que o agro é atrasado”, ponderou a ministra. “Posso tentar marcar reunião com o ministro da Educação para mostrar [esse material]”.
Tereza Cristina ainda sugeriu que sejam feitas palestras nas escolas por representantes do setor para esclarecer a realidade das atividades no campo. “Existe muita desinformação para as crianças. As escolas formam pessoas que serão formadoras de opinião no futuro. Se não estivermos atentos, é complicado consertar a cabeça das crianças [depois]”, acrescentou. A ministra comentou ainda que a “desinformação” também atrapalha o avanço de propostas cruciais para o setor produtivo em Brasília.
Um dos casos é o projeto de lei 6299/2002, que pretende mudar a legislação sobre os agrotóxicos. “Venderam uma imagem diferente do que era o âmago do projeto. Há polarização e ideologização de um assunto técnico e científico, muitas vezes colocado em debate raso, desinformando a população”, afirmou. “Recebi muitos ataques dizendo que eu estava colocando veneno no prato do brasileiro”, lembrou. Ainda sem previsão para votação, a proposta precisa de “pressão” para entrar na pauta, disse a ministra. “Ele dá celeridade para poder aprovar novas moléculas e produtos e diz que não pode ter nenhum produto aprovado que seja menos seguro que aqueles que já estão em uso”, concluiu.
As informações são do Valor Econômico.
