Mínimo de R$350 pode elevar consumo de leite

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O ano de eleição começa a mostrar sua cara. O governo aprovou o aumento de 16,7% no salário mínimo, passando de R$ 300 para R$ 350 a partir de abril. O aumento é bastante superior ao INPC do período, de 5,05% e deve resultar em melhoria da renda da população, principalmente das classes menos favorecidas. Segundo o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia, o reajuste fará com que o salário mínimo seja suficiente para adquirir 2,2 cestas básicas, contra 1,3 há três anos.

Os lácteos são sensíveis a variações de consumo direcionadas pelas flutuações de renda, especialmente nas faixas de menor rendimento mensal. Dados da última Pesquisa do Orçamento Familiar do IBGE, a POF 2002/03, indicam que o consumo de queijo prato, por exemplo, é de apenas 0,04 kg por pessoa/ano em famílias com renda de até R$ 400,00 mensais, contra 1,378 kg nas famílias com mais de R$ 6.000,00 mensais de renda familiar, ou 35 vezes mais.

Segundo o governo, a medida beneficiará mais de 40 milhões de pessoas. O aumento do salário mínimo em uma época em que a produção deve se acomodar, até como resposta à situação de mercado, hoje pouco atrativo para o produtor, pode resultar em elevação do consumo e dos preços. Você concorda com essa análise? Comente a carta. Marcelo Carvalho, da Equipe MilkPoint
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Adriana Mascarenhas Braga
ADRIANA MASCARENHAS BRAGA

CAMPO GRANDE - MATO GROSSO DO SUL

EM 26/01/2006

Boa tarde!



Acho pouco provável que este reajuste salarial possa influenciar no aumento de consumo dos produtos lácteos, pois, representa pouco perante aumentos das taxas de serviços públicos. O que realmente precisa para aumentar o consumo de lácteos é informar a população sobre os benefícios do consumo dos mesmos.



Grata.



Adriana Mascarenhas

Coordenadora da Câmara Setorial do Leite de MS



<b>Resposta MilkPoint:</b>



Olá Adriana,



Obrigado pelo comentário.



Temos a mesma opinião em relação à importância do marketing. Como membro da Láctea Brasil, não poderia deixar de ser diferente! Porém, é preciso lembrar que o Brasil é dos países com enorme desigualdade social. Enquanto para a população das faixas de renda A, B e mesmo C certamente outros aspectos que não a renda afetam mais o consumo, as pessoas das classes D e E, que possuem maiores limitações de renda, podem elevar o consumo a partir de incrementos de renda. Os dados do IBGE para as faixas de renda mais baixas mostram isso.



Acredito, portanto, que ambos aspectos afetam, embora a tendência futura, pelo fato dos alimentos representarem cada vez menor participação nos gastos das pessoas, reduzindo a elasticidade (como você apontou), o marketing tenderá a ter papel cada vez mais relevante. É nisso que estamos empenhado.



Um abraço,



Marcelo
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