O queijo vencido que era reembalado para ser comercializado como novo em Uberaba (MG) seguia para o São Paulo, para ser vendido na capital, Ribeirão Preto, Bauru, Guaratinguetá e Presidente Prudente. Eram comercializadas 20 toneladas por semana, adquiridos de graça de seis laticínios de Goiás, de acordo com notícia do jornal O Estado de S. Paulo.
A Polícia Federal (PF) desconfia que o problema tenha proporções muito maiores, talvez nacionais. Para dimensionar o tamanho do problema e reforçar o esquema de combate, a Direção da PF convocou o encarregado da operação, delegado Ricardo Ruiz, da delegacia de Uberaba, para ir a Brasília dar explicações sobre as fraudes em leite e derivados. Ruiz se reúne ao longo do dia com o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa e com chefes de áreas técnicas e operacionais, inclusive a inteligência. A partir das informações, a PF deve definir uma estratégia mais ousada de combate a quadrilhas que atuam no setor, possivelmente em várias partes do País.
Segundo informações do jornal Hoje em Dia/MG, alguns tinham até mesmo o selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que deveria garantir a qualidade. O responsável pela falsificação está foragido, e ninguém havia sido preso até a noite de ontem.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, um funcionário do depósito, que estava ontem no local com mais dois carregadores, está colaborando com as investigações. Ele relatou que o negócio clandestino funcionava há cerca de três meses. Outras investigações apontam para um período maior, de dez meses, e que cada peça de quatro quilos era comercializada, no varejo, a R$ 7,50.
Além dos queijos, estoques de sacos plásticos de várias marcas também foram encontrados no depósito. O chefe de fiscalização da Vigilância Sanitária de Uberaba, Emerson Mariano de Almeida, informou que a câmara fria e o galpão foram lacrados e, após a conclusão do processo, o produto será encaminhado para o aterro sanitário.
Ele observou ainda que o queijo encontrado era totalmente impróprio ao consumo, uma vez que além de estar fora da validade - alguns com data de julho e sem o selo do Ministério da Agricultura -, muitos já apresentavam sinais de contaminação como mofo. "Eles limpavam o produto antes de reembalar, para que ficassem com uma melhor aparência. O risco para a população é muito grande", destacou.
Segundo informações de Andréa Michael para o jornal Folha de S. Paulo, os queijos estavam embalados com as marcas Milklac, Lunat, Triângulo Mineiro, Macnata, Lev, Lacto Rei e Milknata. A reportagem localizou uma fábrica com o nome Milklac em Suzano (SP), que informou que compra leite para a merenda escolar e não produz queijo.
MG: queijo vencido era vendido em São Paulo
O queijo vencido que era reembalado para ser comercializado como novo em Uberaba (MG) seguia para o São Paulo, para ser vendido na capital, Ribeirão Preto, Bauru, Guaratinguetá e Presidente Prudente. Eram comercializadas 20 toneladas por semana, adquiridos de graça de seis laticínios de Goiás, de acordo com notícia do jornal O Estado de S. Paulo. A Polícia Federal (PF) desconfia que o problema tenha proporções muito maiores, talvez nacionais.
Publicado por: MilkPoint
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