MG: produtores protestam contra baixo preço do leite

Cerca de 8 mil produtores de leite da região de Pompéu, em Minas Gerais, e de outros municípios do Alto São Francisco, distribuíram 20 mil litros do produto em uma manifestação contra os preços baixos pagos aos pecuaristas.

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De acordo com o presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni, os pecuaristas elaboraram uma pauta de reivindicações, que deverá ser encaminhada ao Ministério da Agricultura, com medidas para minimizar o impacto da crise sobre o setor.

Entre as medidas, Dessimoni destacou a adoção de mecanismos como os Empréstimos do Governo Federal (EGF) e Aquisições do Governo Federal (AGF), recursos para a estocagem e a retomada do programa de apoio ao Marketing de Promoção e Consumo de Lácteos, que poderá contar com contribuições dos produtores e indústrias. Além disso, os produtores querem a prorrogação de dívidas de custeio e investimentos.

Conforme Dessimoni, a trajetória de queda nos preços do produto tem levado ao abate de matrizes em todo o Estado, que é o principal produtor do País. Segundo ele, o produtor está descapitalizado e sem alternativa e a única opção é o descarte de matrizes. "Entre os frigoríficos já existe a percepção que aumentou consideravelmente o abate de matrizes leiteiras", apontou.

O presidente da Comissão de Pecuária Leiteira da Faemg aponta que a principal reivindicação dos produtores é que o governo adote uma política de correção que previna crises de excesso de oferta. "As crises são cíclicas e o produtor já não consegue mais programar sua atividade", disse.

A matéria é de Raquel Massote, publicada na Agência Estado, adaptada e resumida pela Equipe MilkPoint.
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José Henrique Gomes Pereira
JOSÉ HENRIQUE GOMES PEREIRA

IBIÁ - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 15/11/2008

O caminho para solução da "crise" do leite é o governo fomentar a atividade e as empresas começarem a divulgar, incentivar o consumo. Sem consumo, não há vendas dos produtos, sem vendas os preços caem mesmo. Outra coisa que deve acabar também são as especulações de atravessadores no setor.
osvaldo jose bernardes de faria
OSVALDO JOSE BERNARDES DE FARIA

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/11/2008

A cadeia produtiva do leite tem que caminhar junto. Produção, industria e varejo. De nada adianta solucionarmos os problemas a nível de produtor e indústria se o varejo (supermercados, etc) não contribuem para tornar o consumo mais acessível. É o que estamos observando hoje. O preço do leite e derivados no varejo continuam altos, impossibilitando o escoamento de estoques.

Enquanto não solucionarmos este problema do varejo, estaremos sempre com excesso de leite no mercado e os produtores sempre amargando prejuízos como acontece no momento. Não podemos nos esquecer também da falta de um marketing mais agressivo incentivando o consumo, e da inclusão do leite nos programas sociais do Governo Federal. Temos um Governo que se diz social e não percebeu até hoje a importância do leite como alimento necessário às famílias de baixa renda.
DAVID CHIARAPA
DAVID CHIARAPA

PROMISSÃO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 12/11/2008

Para sistema de cotas, com ficaria o pequeno produtor? Penso que apenas para o grande produtor daria certo! Isto em função da estrutura. Existem outros caminhos para que se estabeleça uma relação custo/benefício, ou seja, aumentar a produção quando o preço cai (geralmente os produtores vendem suas vacas na hora errada). Outra solução seria o governo fazer propagandas educativas sobre se tomar leite, em parceria com as indústrias do setor. Pode apostar, se o consumo de leite melhorar os preços voltam a melhorar.

Outra coisa muito importante é o governo não perder de vista os fraudadores, isto para não prejudicar o aumento de consumo de leite e derivados. Outra coisa importante é Serviço de Inspeção Federal, acabar com "indústrias" de fundo de quintal, que só atrapalham quem trabalha sério e paga impostos. Pergunto: Por que não se massifica a propaganda? Eu tomo coca-cola por que será?
Eduardo Dessimoni Teixeira
EDUARDO DESSIMONI TEIXEIRA

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/11/2008

Quando eu coloco a nescessidade de uma política para o setor, não é uma ação específica, mas sim um conjunto de medidas que em determinadas situações de mercado sejam acionadas para evitar uma desestabilização do setor produtivo.

Essas estruturas já funcionam em países onde há uma preocupação com um dos setores de maior geração de empregos e maior fixação do homem no campo. Nos Estados Unidos, por exemplo, existe uma estrutura complexa e bem estruturada que envolve Cooperativas, Universidades, Produtores e Governo. Algumas ações utilizadas como: Sistema de cotas de produção; Manutenção de uma estrutura ociosa de secagem de leite em parceria com Cooperativas; subsídios, EGF, AGF, etc.

Não temos que reinventar a roda, vamos copiar o que está dando certo em outros Países e adaptar à nossa realidade. Já temos inúmeras ferramentas de combate a crises, precisamos utilizá-las de maneira coordenada e estruturada na prevenção e não depois da crise instalada.
Manoel Moreira Campos
MANOEL MOREIRA CAMPOS

OLARIA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/11/2008

O senhor presidente da Cooperativa de Esmeraldas falou tudo, o sistema de cotas pode ser viável, o problema é fiscalizar isto. Pois se falta fiscal e verba até pra fiscalizar a vacinação contra aftosa, como aconteceu num passado não muito distante, que custou a suspensão da compra de carne pelos paises importadores da comunidade Européia. E agora para fiscalizar sistema de cotas, será que vai conseguir?
Entendo que uma coisa que já era pra ter iniciado, seria uma propaganda, no sentido de aumentar o consumo de leite e derivados.
Luiz Fernando de Paula Salim
LUIZ FERNANDO DE PAULA SALIM

PALMAS - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 10/11/2008

Não sei se cotas ou metas sozinhas solucionaram a crise que passa a bovinocultura de leite. Talvez seja necessário preço mínimo, formação de estoques do leite em pó e comercialização no mercado externo por parte governo.
Fernando Lobo
FERNANDO LOBO

GOIÂNIA - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/11/2008

Além da crise pela qual passamos, nós produtores de leite, sem podermos contar com nenhum tipo de ajuda do governo que aí está, em que só privelegia banqueiros e capitães de indústria, para piorar estamos num momento de investimentos; como fazer para plantar silagem, se já há mais de 06 meses trabalho no vermelho, elegendo contas para pagamento em detrimento daquelas que menos me afetariam? Quem sabe me dê uma dica, passar para cana, o que poderia possibilitar um menor gasto a longo prazo, segundo meus cálculos é inviável, já que implica no aumento de custos em ração, mão de obra, energia e outros.

Realmente estamos numa encruzilhada, sozinhos, com as indústrias lácteas na mãos de capitalistas insensíveis, que só pensam neles, senão vejamos o caso já abafado das sodas causticas. E de um governo que não tem e nunca teve, interesse pelo campo. A não ser fazer politica, com a pida chamada reforma agrária. Como estabelecer alguem na zona rural, se nós que já construimos algum beneficiamento não conseguimos. Além de estarem tais grupos, recheados de oportunistas. Só não vê quem não quer.
Cooperativa dos Produtores de Leite de Esmeraldas Ltda
COOPERATIVA DOS PRODUTORES DE LEITE DE ESMERALDAS LTDA

ESMERALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2008

Concordo em parte com um controle de produção, mas pergunto: Quem vai fiscalizar o controle? Acreditar que o MAPA faria alguma coisa é que duvido, e quando fizer, teria credibilidade? O que mais se vê é práticas indevidas do Governo. Eles não fiscalizam adulteração em leite que é sabido que anda solta, e mais tantas coisas mais por ai. Qualquer iniciativa que for dos próprios produtores de Leite será melhor que quando o governo põe a mão. Eles são bons para cobrar impostos, taxas e manter mensalão.

O evento de Pompéu foi excelente, irá atingir os objetivos e parabenizo os organizadores.

André Costa
Produtor de Leite e Engenheiro Agrônomo.
deusimar f. de oliveira
DEUSIMAR F. DE OLIVEIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2008

Ja comentei antes que funcionaria com sistema de quotas para nós produtores de leite, mas para isto acontecer teriamos que trabalhar em conjunto com industrias e laticinios, ficariamos dependendo deles na questão da distribuição de quotas e outras coisas, mas é melhor do que está. Volto a repetir que o melhor pra nós mesmo, se fôssemos unidos (coisa quase impossivel), seríamos adotar o sistema produção/consumo. Este, depende só de nós, que funcionaria da seguinte forma: dizem que hoje o consumo está baixo, entao baixariamos a produção, quando o consumo aumentar aumentariamos a produção. Assim, poderiamos controlar produção/consumo. Pensem nisso, abracos.
José Antonio M. de Araújo
JOSÉ ANTONIO M. DE ARAÚJO

SALVADOR - BAHIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/11/2008

O Amário Duarte disse quase tudo, para complementar devemos incluir "O fomento utilizado pelos Estados como atração de Grandes Indústriais, primeiro acirra a elevação dos preços, depois o aumento da produção e por fim o prejuizo ao produtor", a Indústria nada perde.

Este sãos os exemplos do RS, PR, RO, MS, GO e por fim MG.

Agora existe uma previsão de chuvas regulares para o NO, consequentemente mais produção no esgoto, mais produtor reclamando e Daping no Mercado.

Sabemos como podemos e devemos acabar com esta falta de vergonha nacional, acabemos com as insenções fiscais para as Indústriais, aliquotas iguais para todos os Estados, uma politica coerente já mencionada pelo colega Amário Duarte e um zoneamento de produção.

A midia apresenta o problema como uma crise localizada, mais não é, o BNDES deveria suspender todo novo contrato de financiamento para implantação de novos e/ou ampliação das Industrias de Laticínios em todo território, se faz necessário e urgente um amplo Diagnóstico da cadeia do leite, amanhã o problema vai ser maior, teremos mais produtores com dividas que será chamado de caloteiros.

nivaldo silva
NIVALDO SILVA

GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/11/2008

Parabéns Mário Duarte, pelo comentário e pela sua visão de mercado, se o governo não colocar metas ou cotas de nada adiantará, porque quando esta bom, que e muito difícil, ai entra na atividade gatos e lagartos, depois eles saem e deixam o produtor morrendo como estamos agora.
Amário Nuno Meireles Duarte
AMÁRIO NUNO MEIRELES DUARTE

ARAÇATUBA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 10/11/2008

Já vi esse filme várias vezes, realmente é cíclico. Na minha opinião a solução definitiva é o estabelecimento de cotas de produção. Estas cotas seriam definidas pelo MAPA em função da demanda interna e externa.
Só entraria na atividade ou só aumentaria a produção quem tivesse um papel, autorizando produzir X litros / mês ou por ano. Ai todo leite seria formal e o governo teria que fiscalizar volume produzido, industrializado e comercializado.

Realmente haveria um equilibrio entre oferta e damanda, seria bom para indústria produtor e consumidor. O leite é um produto tão vital ao ser humano, tão importante do ponto de vista da segurança alimentar, que merece maior controle por parte do governo. Um mercado liberal demais já está mais que provado que não funciona, arrebenta com o produtor, indústria e toda a cadeia.
Qual a sua dúvida hoje?