MG: produtores podem receber menos pelo leite

O aumento da oferta de leite já está refletindo em baixa de preço aos produtores em Minas Gerais. Neste mês, os criadores contabilizaram um recuo médio de 4% no valor do litro. Em maio, o preço médio registrado foi de R$ 0,78 por litro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

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O aumento da oferta de leite já está refletindo em baixa de preço aos produtores em Minas Gerais. Neste mês, os criadores contabilizaram um recuo médio de 4% no valor do litro. Em maio, o preço médio registrado foi de R$ 0,78 por litro, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

"O pior é que o preço dos insumos está subindo", reclamou a proprietária de uma fazenda de leite em Pompéu, Geralda Serra Machado Maciel.

Mas o presidente da Comissão Nacional da Pecuária de Leite da CNA, e vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Rodrigo Alvim, não crê em queda. Para ele, o que está acontecendo é um ajuste de preços.

"Não temos mercado interno para absorver essa produção", disse. No Brasil, segundo pesquisa do Ministério da Saúde, apenas 53,2% declaram que consomem leite. Em Belo Horizonte a média é um pouco acima: 58,8% da população.

Segundo o pesquisador do Cepea, Gustavo Beduschi, nesta semana o centro inicia uma nova pesquisa para verificar se realmente há tendência de queda dos preços. Porém, a última análise já previa "o enfraquecimento dos reajustes" a partir de junho. De janeiro a maio, o aumento acumulado foi de 13,4%.

O presidente do Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais (Ocemg), Ronaldo Scucato, acredita que a partir desse mês haverá uma estabilização do preço do litro do leite pago ao produtor rural.

As informações são do jornal O Tempo/MG.
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Evandro de Tarso Rossi Vilela
EVANDRO DE TARSO ROSSI VILELA

BOA ESPERANÇA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 25/06/2008

Sim, sou produtor de café com leite. Trabalhamos em familia, com irmão e pai. Somos retireiro, veterinario e tudo mais, para poder nos sobrar um mísero salário. E feito um trabalho muito de consciência, dedicação e tradição. Mas estamos desistindo pela falta de incentivo, pela péssima remuneração que vem se arrastando pelos anos.

Se é certo trabalhar em família, como vamos viver e manter três familias com tão pouca remuneração? Tem que tirar de outro lugar para tapar buraco da atividade leiteira. Nao vejo futuro. O que falta é um pouco de cooperativismo e união, falta um pouco de politica para organizar o setor, falta um olhar de compreenção e amor pela atividade leiteira.
Vagner Ferroni
VAGNER FERRONI

NOVO HORIZONTE - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 22/06/2008

Isto está sendo uma vergonha. Quando leite sobe dez centavo os laticinio fazem cartel e derrubam o preço para baixo. Isto vai acontecer igual arroba; hoje quem vai comer carne no preço que está no açougue? Ao invés de carne, vai ter que chupar cana, pois mataram todas as vacas de cria e para plantar cana. Agora vai acontecer com leite. Com arroba em alta, as vaquinha fracas de leite vão virar carne no açougue. Como pode: dólar em alta, insumos e rações em alta e leite baixando? Isto é vergonha, Brasil!
Lucas Antonio do Amaral Spadano
LUCAS ANTONIO DO AMARAL SPADANO

GOUVÊA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2008

Obrigado ao MilkPoint pelo destaque. Obrigado Mário Pinto pela referência. Estou achando fantástica a enxurrada de opiniões manifestadas nas cartas a respeito do assunto. A idéia da redução da produção para alavancar os preços talvez funcionasse (idéia boa do Vicente), o José Eustáquio também coloca bem a questão. Eu coloquei em prática a idéia, já sequei algumas, vou descartar outras e reduzi o leite. Dá para suportar bem.Tenho várias capineiras e canaviais, custo baixo e mesmo assim diminui a produção.

Agora, e os pequenos? Os de 50/80 litros, que ainda fazem um queijo para a feira na cidade? O assunto é muito mais profundo. A profissionalização dos "leiteiros" é vital, a modernização, a virada para a qualidade também, mas a realidade de cada região também é de suma importância.

Sou vice presidente da associação regional, luto com os meus companheiros, procuro ajudar, uso programas de cálculo de custos, produção de rações, controles zooténicos em favor dos mesmos. Incentivo a realização de cursos, tudo visando mudar a mentalidade dominante do meu tataravô ao meu pai assim fizeram e assim vou fazer. Torço pela união dos produtores, a única saída para o setor.

Vamos esquecer o governo e os políticos, vamos lutar por nós mesmos, vamos ao exemplo da turma do corte, há dez anos ninguém diria que o Brasil seria o primeiro em carne. Temos que nos organizar, cada um em sua micro região, lutando pela união de todos; vai demorar, mas se não sonharmos com isto, jamais esta realidade acontecerá. O setor ainda é muito amador, compreensível, em sua maioria formado por pequenos produtores, que na verdade são os grandes produtores. A IN 51 não é a panacéia para o setor, pode resolver alguma coisa, mas ela mesma admite a coleta em tarros ou latões (anexo 4), os laticinios abusam do horário, mas tal situação absurda, não faz aumentar ou diminuir preço do leite.

Na verdade não temos representantes da cadeia leiteira, não temos união, ficamos esperando o governo resolver um problema que é nosso. Apenas um pedido: poderíamos endereçar ao governo e rezar para que nos atenda: proibição da importação de lácteos e sues derivados. Mas quem o fará por nós. Só funcionará se nos unirmos.

Quantos somos aqui no MilkPoint? Talvez por aqui esteja a gestação desta união, na democracia que é o site, na facilidade de acesso, na capacidade do mesmo de gerar debates importantíssimos para o produtor de leite, ainda mais, na forma de informar, de publicar artigos importantes, e no seu conteúdo. Aqui no nosso ponto de encontro, pode estar o embrião da nossa união. Um abraço a todos, profissionais, sonhadores, pés no chão, visionários, lutadores, sofredores e acima de tudo, de nascimento ou não brasileiros.
marcos Tavolaro
MARCOS TAVOLARO

BROTAS - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 21/06/2008

Infelizmente o José Humberto perdeu para as evidências. Apesar de todos os alimentos estarem aumentando, o leite vem abaixando, e não nesse patamar que está sinalizando na reportagem, mas sim em niveis bem mais altos.
antonio carlos guimaraes costa pinto
ANTONIO CARLOS GUIMARAES COSTA PINTO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2008

"Fábrica da Aurora começa com 600 mil", "Perdigão investirá 65 milhões", "Embaré renova interesse em instalação no RS", " Nova fábrica da Nestlé entra em operacão", "CCGL comeca a operar nova fabrica em julho". O negócio de leite esta tão ruim assim? Vejo que os laticinios estão investindo pesado, pois fazem o que querem em reuniões para ditar o preço a praticar.

Concordo que o produtor tem que se unir, mas onde estão nossos representantes? (sindicatos, Faemg ,CNA) Não se vê nenhuma manifestação por parte dos nossos orgãos de classe. Como nós faremos, se os nossos representantes estão "nem ai"? Quando começou a onda de massacre por causa do aumento dos preços dos alimentos, não se viu nem ouviu nenhuma declaração e defesa. Afinal , o Mundo está em crescimento, Brasil idem, melhorando a vida de todos, nunca se vendeu tanto carro, geladeira e dvds como antes; por que só os produtores não tem direito de entrar nesta festa?

Nós também temos o direito de melhorar nossa renda. Dólar barato só é desculpa para o leite, o resto tudo está subindo. Temos que urgentemente reduzir a oferta e jogar pressão nos laticínios. Um abraço aos nobres colegas.
Wagner Pires Vaz
WAGNER PIRES VAZ

RIO GRANDE - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/06/2008

Concordo com todos e embora aqui no Rio Grande do Sul a tendência do valor pago ao produtor pelo litro ainda é de alta, chegou mais uma vez hora de cautela e não de investimento por parte dos produtores.

Tivemos recentemente o exemplo dos arrozeiros do Rio Grande do Sul que em virtude dos bons preços pagos pela saca do arroz, muitos compraram novas máquinas e planejam aumento da área cultivada para a próxima safra, esquecendo que, por exemplo, o mesmo adubo está agora custando o dobro do preço da safra passada, antes a desculpa era o dólar, agora o petróleo.

Falta união dos produtores, pois eles é que devem ditar as regras do jogo, sob ameaça de suspensão da produção.
lincoln santiago
LINCOLN SANTIAGO

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2008

O governo, a partir de agora, obriga todo leite que sai do estado de Minas para outros estados a recolher o imposto total na hora que sai do estado. Por isso está havendo este excedente de leite nesta época. O prejudicado é o produtor!
Raquel Carvalho Liboreiro
RAQUEL CARVALHO LIBOREIRO

DIAMANTINA - MINAS GERAIS - ZOOTECNISTA

EM 20/06/2008

Meu pai com sua persistência e otimismo inabaláveis (20 anos na pecuária leiteira), quando soube da queda no preço do leite, fez a seguinte observação:

"É bom que o preço do leite caia, porque só assim é possível garantir o futuro daqueles, como eu, que sobrevivem só de leite! Pois, os outros produtores vão investir em boi, que o preço sobe mais a cada dia!"

Apesar das inúmeras reclamações, se o produtor continua no ramo, é porque ainda dá lucros!!! Herdei um pouco do otimismo de meu pai e pretendo me formar em Zootecnia e conseguir pelo menos um terço do que ele conseguiu até hoje só com leite!



vicente paulo soares
VICENTE PAULO SOARES

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2008

Nunca em minha vida ouvi falar isto: o leite cair de preço em plena entressafra e os preços dos insumos subindo do jeito que está. É um absurdo.
Homilton Narcizo da silva
HOMILTON NARCIZO DA SILVA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 20/06/2008

Fiquei sabendo nestes dias que as indústrias de leite fizeram uma reunião entre elas para equipararem os preços de leite com as usinas do sul. O preço do leite do Brasil Central estava um pouco acima das regiões do sul, mas esqueceram de ver que estas regiões são previlegiadas com tempos de chuva mais longos que a região centro oeste, principalmente, e também esta não é a primeira vez que isto acontece; sempre que acontece este tipo de coisa, quem paga a conta somos nós, desamparados produtores, e muita vezes somos culpados, porque é só dar uma pequena melhora no leite que saímos doidos atrás de vacas de 4.000, 5.000, etc.
Vicente Romulo Carvalho
VICENTE ROMULO CARVALHO

LAVRAS - MINAS GERAIS - TRADER

EM 19/06/2008

Até o momento que estou endereçando esta, já existem 26 colocações relativamente a este artigo de "baixa no preço do leite". Em resumo, a maioria recebeu com indiguinação tal notícia e alguns até mesmo não querem acreditar que seja verdadeira. Eu mesmo sou parte das 26 colocações e fiquei até grato por 2 das correspondências que, em parte, acharam que minha colocação poderá ser um caminho.

Dentro disto, tomo a liberdade de fazer nova colocação, qual seja: Nós produtores de leite, que fazemos o uso social da terra, produzindo alimentos e gostamos do que fazemos, somos parte da cadeia. E porque não os mais importantes? Pois somos os donos da matéria prima, sem a qual não existem os produtos finais (derivados).

Assim, precisamos acordar, criarmos mecanismos para podermos ditar algumas coisas dentro da cadeia. Ora, os laticinios têm contratos a cumprir, têm capacidade de processamento que precisa de uma certa utilização (média e/ou máxima, porque só na mínima terão problemas). Os pontos de vendas (supermecados e outros) também precisam dos produtos nas suas gôndolas; ou será que o consumidor vai naquele estabelecimento que não dispõem de derivados do leite/lácteos?

Tenho idéias de alguns mecanismos, como o já lançado naquela correspondência. Vamos articular. Abraço a todos os produtores de leite e notamente aqueles que já comentaram o artigo em questão.
Adir Fava
ADIR FAVA

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/06/2008

Gostei muito das afirmativas do Sr. Claudino Luis Pita de Oliveira, produtor de leite no Rio de Janeiro. Ele tem toda razão. Um instrumento como o site Milkpoint tem repercussões muito importantes para o setor, pois trata-se de uma referência de alcance nacional, exercendo um considerável peso para o direcionamento da atividade leiteira.

Quanto aos aspectos da concentração na captação, também é um tema de extrema importância e seria muito adequado a criação de mecanismos para evitar a formação de cartéis, como parece estar acontecendo no setor leiteiro.

Citando apenas como exemplo, recordem como agiu o governo no episódio da compra da Cervejaria Antartica pela Brahma? Pois isto se deu porque alguém acionou os mecanismos reguladores do mercado junto ao governo.

E os produtores rurais, porque ficam passivos diante das barbaridades contra o setor leiteiro? Porque permitem que grandes laticinios façam cartéis e determinem os preços? O sertor de produção de leite é o único setor onde se vende algo sem saber quanto vai receber trinta dias depois, mas tendo que gastar durante pelo menos um ano antes para realizar tal venda. É uma tolice tal coisa. E todos ficam passivos!

Desse modo, as providências preventivas para o setor de produção de leite não devem ser deixadas apenas na responsabilidade do governo ou dos laticinios, mas principalmente com os produtores de leite, evidentemente. Os produtores precisam parar com essa mania de achar que o governo ou os laticinios vão resolver alguma coisa do interesse do produtor, pois sabemos que não é assim. Cada setor faz seu esforço de persuasão junto ao governo, isto sim.

Para o setor leiteiro, não se deve deixar que os laticinios exerçam esse papel porque o setor de laticinio é um ramo industrial e naturalmente se contrapõem aos interesses do produtor rural para manter seus ganhos maximizados. Quem deve defender os interesses do produtor rural é ele próprio, através de mecanismos diretamente ligados à mídia e ao governo.

Faz falta uma providência direta junto aos meios de comunicação e ao governo, pois não podem depender de outros, mas apenas dos produtores de leite; são esses que devem fazer a sua parte além de apenas produzir leite. Não adianta nada reclamar no vento sem uma ação consistente.

Tudo isto poderá ser viabilizado no momento que o produtor de leite se preparar para atuar como uma empresa. A empresa rural tem muito mais força que um simples produtor rural. Esta é a chave que os produtores de leite necessitam.
Maurício Vivas Castelo Borges
MAURÍCIO VIVAS CASTELO BORGES

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 19/06/2008

Além de inexistir uma política por parte do governo, que dê garantias de preço mínimo, a implementação de um programa de capacitação de pagamento por qualidade, tanto sob o aspecto físico-químico como bacteriológico garantiria aos produtores e à indústria ganhos de escala, pois proporcionaria aos industriais obtenção de ganhos de produtividade
TOBIAS PEIXOTO LAGE
TOBIAS PEIXOTO LAGE

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/06/2008

O problema do setor no que tange a preços e produção é, no meu entender, a entrada de novos produtores quando o mercado está favorável, sem o minimo estudo por parte do setor e governo se isto provocaria uma super oferta e a consequente queda de preços.

No que tange a insumos, não da para entender a formação de preços dos mesmos, pois há mais de 20 anos a desculpa sempre foi o dólar, que segundo eles correspondia a mais de 60% dos custos. E agora?
Adriano Reis Queiroz Costa
ADRIANO REIS QUEIROZ COSTA

FRUTAL - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2008

Lastimável. Este é o sentimento que reina entre nós, produtores de leite da maior cooperativa de captação e processamento de leite do país. Foi totalmente ignorada a atual conjuntura de seus produtores quando anunciada baixa de 4 centavos para junho. Digo mais, de forma direta ela "induziu" tal prática pelas indústrias particulares. O sentimento de cooperativismo parece cada dia ficar um pouco mais distante diante de nossos corações.

A indústria cria fantásticos projetos de crescimento, enquanto "seus donos" se vêem obrigados a promover um retrocesso dentro de suas propriedades para conter tamanhas baixas de preços em contrapartida a um enorme aumento do custo de produção. Sobre custo de produção, a minha particular opinião é que o pior está ainda por vir.

Para finalizar, deixo registrada a minha total confiança no MilkPoint e de forma especial na pessoa de Marcelo Pereira de Carvalho.



Mauricio Silveira Telles
MAURICIO SILVEIRA TELLES

ITUVERAVA - SÃO PAULO - ESTUDANTE

EM 18/06/2008

Como já havíamos visto, o mercado agora é de cautela. Não só o Brasil passa por um período de estabilização e até recuo da produção de leite, mas inclusive Europa e o Canadá. Não incluimos em nossa produção os incentivos governamentais adotados na Europa e nos EUA e o mercado interno tem decréscimo no consumo nesses meses de junho e julho. Tudo isso reflete no atacado, nos receptores de leite e assim nos produtores.
Roberto Carlos de Castro
ROBERTO CARLOS DE CASTRO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2008

Gente, já passou da hora dos produtores de leite se unirem e tomarem uma atitude, se organizarem melhor. Se é o caso de diminuir os custos, vamos diminuir. É melhor produzir menos e ganhar mais do que ficar trocando leite por insumos. Vamos acordar minha gente.
José Eustáquio
JOSÉ EUSTÁQUIO

SÃO GOTARDO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2008

"Não há fundamentos para falar em baixa do preço do leite. Esta afirmativa de que há aumento de produção é questão que não se sustenta e sim conversa de mercado comprador. Esqueça o comprador e administre sua propriedade. Eu vou tirar a silagem de milho do gado, entrar no capim com cana e deixar a silagem para a hora que o preço ficar num patamar justo. Vocé lembra daquele bezerro de R$ 350,00/400,00? Estava insustentável; a turma vendeu as matrizes, agora o bezerro é R$ 700,00/800,00. Não existe excesso de leite, mas se estão dizendo que existe, vamos regular o mercado, reduzindo entre 20% a 25% nossa produção, mexendo, apenas, na alimentação. Esta silagem foi com adubo de R$ 52,00 o saco, faça as contas de quanto vai ser o preço da sua nova silagem." Vicente Romulo Carvalho


Ótima estratégia. Mesmo produzindo uma quantidade menor de leite por dia, com cana e uréia seu custo de produção vai lá em baixo. Penso que se todos tivessem essa oportunidade de arraçoamento animal com apenas cana e uréia, a quantidade de reclamação após a notícia de baixa no leite seria muito menor. Pessoalmente, prefiro produzir 400 KG de leite com 45 vacas à base de cana-uréia com custo de produção baixa à produzir 900 litros à base de toneladas de concentrado (que atualmente estão com um preço insustentável) e esse leite me custar muito dinheiro.

Penso que se todos parassem por um tempinho e pensassem sobre a atual situação, veríamos que os vilões que estão levando nossa oportunidade de ganhar mais um pouco (porque produtor de leite ganha centavos, por isso luta por centavos) não são somente as grandes indústrias que ditam o preço; mas também os insumos (milho, soja, principalmente). Se vocês produtores, não pararem de alimentar vaca com milho, soja, e digo mais, silagem, vão estar sempre reclamando quando o preço de leite cair.

Desde já peço desculpas se não agradei a todos.
Claudino Luis Pita de Oliveira
CLAUDINO LUIS PITA DE OLIVEIRA

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/06/2008

As opiniões quanto ao assunto são muitas mas na sua maioria são de procupação. Entendo, há que se ter em conta alguns aspectos muito importantes, o primeiro é do risco que representa uma informação de queda de preço, por um agente de grande credibilidade como o é o site milkpoint, pois muitas vezes faz o papel de balizador. Portanto, a informação tem que ser repassada com extremo zelo e conhecimento das fontes (nominadas de preferência).

Segundo, há que se entender que a concentração na captação sem dúvida vai levar a um desequlíbrio de forças na negociação laticinio-produtor, ou o produtor aumenta de escala e/ou se une em entidades representativas de verdade, para pressionar o governo a agir como mediador nessas negociações, muitas coisas podem ser obtidas, como preço minimo de garantia, estoques reguladores, incentivos fiscais na compra de insumos, incentivo a exportação, maior rigor no controle do produto adquirido pelas empresas evitando que a indústria se abasteça com leite de pior qualidade, aumentando o volume e diminuindo o preço.

Agora o mais importante: com leite ninguém fica rico; é uma commodite, as margens são apertadas mesmo, há que se fazer contas e ver se vale a pena ficar no negócio, se o seu capital investido tem remuneração em comparação com outras alternativas de investimento. Essa é a realidade nua e crua.
PEDRO MARCOS TORRES
PEDRO MARCOS TORRES

SANTOS DUMONT - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/06/2008

Saudações aos colegas de sofrimento.

Mais uma vez estamos na mão da indústria e do comércio. Mais uma vez as instituições governamentais não fazem nada para ajudar quem põe o leite de cada dia na mesa do consumidor; ou fazem, desculpem-me, vem ai o pagamento da água que nossas vacas bebem no dia a dia.

Mais uma vez a IN 51 não vigora. Mais uma vez os insumos disparam. Mais uma vez......até quando?
Qual a sua dúvida hoje?