Com redução na produção de leite desde o início do ano, o produto deve registrar alta em Minas Gerais. O presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni, acredita que o reflexo poderá ser sentido pelos consumidores já no próximo mês.
De acordo com reportagem do Diário do Comércio/MG, a expectativa é que o litro ao produtor possa chegar a R$ 0,55, frente aos R$ 0,51 praticados hoje.
Normalmente, o período de chuvas provoca queda da ordem de 2% a 3% no volume, mas este ano as estimativas indicam que as condições climáticas reduziram em torno de 4% a 5% a produção leiteira do estado, segundo Dessimoni.
MG: produção cai até 5% e preço tende a aumentar
Com redução na produção de leite desde o início do ano, o produto deve registrar alta em Minas Gerais. O presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Leite da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Eduardo Dessimoni, acredita que o reflexo poderá ser sentido pelos consumidores já no próximo mês.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em:
Publicado por:
MilkPoint
O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.
Deixe sua opinião!
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 21/03/2007
Realmente, a confusão climática que está ocorendo neste começo de ano, que nos fez sentir em pleno período de seca, ao invés de estarmos nas águas (ao contrário de dezembro de 2006/janeiro de 2007, onde a precipitação pluviométrica foi alucinante, em fevereiro e março, pode-se contar as gotas de chuva que caíram em Minas Gerais).
Com isso, a produção leiteira realmente caiu, já que as vacas são animais que detestam extremos climáticos: se chove muito, elas não pastam, porque não aguentam volume de água em suas caras e preferem ficar escondidas embaixo das árvores; se faz sol quente, não pastam, porque não aguentam o calor excessivo. E, assim, os baldes esvaziam-se com facilidade.
Lado outro, as plantações de milho e capineiras também sofrem, porque se "água demais mata a planta", diz com acerto o adágio popular, sol escaldante, também. O capim minguou e perdeu qualidade, o milho feneceu nas plantações, a cana não prosperou. Com isso, a alimentação do gado nos cochos quedou-se prejudicada e, por conseguinte, desestabilizou todo o sistema produtivo, mesmo quanto aos produtores que se utilizam do confinamento, como eu, já que a garantia do alimento para a época seca está, irremediavelmente, comprometida.
Pode-se, portanto, esperar maiores quedas. Quanto ao preço do leite, este, como sempre, não conseguirá acompanhar ao dos insumos e o produtor estará, novamente, lutando contra o vermelho de suas contas. Mas, nós somos guerreiros e, no calor da batalha, invencíveis. Vamos prosseguir, apesar da elevação do número de espinhos em nosso caminho.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO
Com isso, a produção leiteira realmente caiu, já que as vacas são animais que detestam extremos climáticos: se chove muito, elas não pastam, porque não aguentam volume de água em suas caras e preferem ficar escondidas embaixo das árvores; se faz sol quente, não pastam, porque não aguentam o calor excessivo. E, assim, os baldes esvaziam-se com facilidade.
Lado outro, as plantações de milho e capineiras também sofrem, porque se "água demais mata a planta", diz com acerto o adágio popular, sol escaldante, também. O capim minguou e perdeu qualidade, o milho feneceu nas plantações, a cana não prosperou. Com isso, a alimentação do gado nos cochos quedou-se prejudicada e, por conseguinte, desestabilizou todo o sistema produtivo, mesmo quanto aos produtores que se utilizam do confinamento, como eu, já que a garantia do alimento para a época seca está, irremediavelmente, comprometida.
Pode-se, portanto, esperar maiores quedas. Quanto ao preço do leite, este, como sempre, não conseguirá acompanhar ao dos insumos e o produtor estará, novamente, lutando contra o vermelho de suas contas. Mas, nós somos guerreiros e, no calor da batalha, invencíveis. Vamos prosseguir, apesar da elevação do número de espinhos em nosso caminho.
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO