O levantamento dos índices de preços agrícolas elaborado pelo departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla) apontou uma tendência de queda no ritmo de variação média dos preços agropecuários, em novembro. O Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas caiu 4,77%. A pesquisa de preços, que envolve 42 produtos, revelou que o resultado foi motivado pela queda do preço do leite fluido pago ao pecuarista, cuja retração foi de 14,47% para o leite tipo B e 5,66% para o tipo C.
De acordo com os dados, a cotação do leite tipo C manteve a tendência de queda. Nos últimos quatro meses, conforme o departamento, o preço médio do leite tipo B e do tipo C já caiu, para o pecuarista, 15,04%. Além do leite, os grãos também contribuíram para a retração da renda no campo. Em novembro, o preço recebido pelo feijão teve variação negativa de 14,52% e o milho, baixa de 13,89%. Já a cotação do café teve alta de 2,92%.
Outro fator que afetou a renda do produtor agrícola foi a queda nos preços de venda de animais do rebanho leiteiro, como o novilho (-15,79%) e a vaca para abate (-17,65%), o que trouxe dificuldades para os negócios do setor. Entre os hortifrutigranjeiros, as maiores baixas para os produtores foram registradas no quiabo (-20,83%), na berinjela (-20,0%) e na batata fiúza (-14,29%). As maiores altas neste grupo foram: laranja (33,33%), batata (34,15%) e couve-flor (25,0%).
No caso dos preços pagos por insumos agrícolas, medidos pelo Índice de Preços Pagos (IPP), a variação em novembro foi negativa em 1,44%. A pesquisa contempla 187 produtos e, entre estes, as principais quedas ocorreram nos setores de rações (-8,93%), fungicidas (-7,26%) e herbicidas (-19,88%). As maiores altas ficaram concentradas nos preços médios dos antibióticos (9,13%), vermífugos (6,31%) e vacinas (6,77%).
O Índice de Preços Recebidos (IPR) estima a renda do setor rural e o Índice de Preços Pagos (IPP) reflete a variação dos custos de produção desse segmento. No acumulado do ano, a estimativa da renda agrícola aumentou 0,09%, enquanto os custos tiveram alta de 9,78%.
A matéria é de Raquel Massote, publicada na Agência Estado, adaptada pela Equipe MilkPoint.
MG: leite puxa queda na renda do produtor
De acordo com o levantamento dos índices de preços agrícolas elaborado pelo departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas caiu 4,77%. A pesquisa de preços, que envolve 42 produtos, revelou que o resultado foi motivado pela queda do preço do leite fluido pago ao pecuarista.
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L. AGUIAR
ARAXÁ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 02/12/2008
O produtor rural brasileiro continua a viver um pesadelo. Dorme fazendo planos para investir em sua propriedade e acorda pensando se vai conseguir vender algum de seus bens para pagar as contas. Como ele não possui cartão corporativo, nem indenização milionária por ter sido assaltante ou terrorista no passado, nem tem uma multinacional como sócio, o jeito é vender o que tem. E ficar esperando que as coisas melhorem no futuro, afinal de contas já acostumou, ele faz isso a vinte e quatro anos.
E ainda sonha que um dia vai acordar e tudo vai estar bem, que está vivendo a realidade, de um mundo justo, que renumera bem o trabalho e que respeita quem investe na terra.
E ainda sonha que um dia vai acordar e tudo vai estar bem, que está vivendo a realidade, de um mundo justo, que renumera bem o trabalho e que respeita quem investe na terra.