MG: exportações de lácteos crescem no 1º semestre

Apesar da desvalorização do dólar frente o real, que tem sido uma barreira para as exportações, algumas empresas continuam apresentando incremento nos embarques. Além das remessas de minério de ferro e café, que representam mais de 30% do total vendido pelo Estado a outros países, produtos como leite em pó e ouro também estão se beneficiando da valorização dos preços no mercado internacional para manter o bom desempenho das empresas exportadoras de Minas Gerais.

A apreciação do preço do leite em pó no mercado internacional fez com que a Serlac Comércio de Lácteos S.A, trading da Cooperativa Central dos Produtores Rurais (CCPR) e responsável pelas exportações de leite da Itambé, registrasse expansão de 201,1% nas exportações do primeiro semestre de 2008 na comparação com o mesmo período de 2007, saindo de US$ 14,8 milhões para US$ 44,5 milhões. A empresa está entre as 40 maiores exportadoras do Estado, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

De acordo com o gerente comercial da Serlac, André Campos, o crescimento das exportações está sendo possível graças à valorização dos preços no mercado internacional. "Os preços do leite em pó, principal produto exportado, mais do que dobraram no último ano. Apesar disso, a cotação cambial tem sido um problema e reduzido os lucros", explicou.

Hoje Minas Gerais responde por cerca de 48% das exportações de lácteos do Brasil e registrou embarques equivalentes a 105 milhões de litros de leite no primeiro semestre deste ano. Somente de leite em pó foram 101,6 milhões de litros.

Outro destaque é a Sadia S.A, que entre os seis primeiros meses de 2008 e o mesmo período de 2007 teve expansão de 50,5% nas exportações, passando de US$ 88,2 milhões para US$ 132,8 milhões.

As informações são do Diário do Comércio.