MG: diferença de reajustes chama a atenção do Procon
Enquanto no varejo mineiro o preço do leite já teve 37% de aumento entre janeiro e junho, o produtor recebeu 27% de reajuste no mesmo período. Com essa diferença, o Procon da Assembléia Legislativa deve encaminhar à Comissão de Defesa do Consumidor da Assembléia um requerimento solicitando uma audiência pública para ouvir de todos os elos da cadeia as justificativas para as altas.
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Segundo o assessor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Carlos de Souza Lima Neto, o preço médio pago ao produtor brasileiro saltou de R$ 0,4928 em janeiro para R$ 0,6244 em junho. Em Minas, o preço médio saltou de R$ 0,5074 para R$ 0,6310, alta de 24% no período.
Nas gôndolas dos supermercados de Belo Horizonte, o litro do longa vida subiu de R$ 1,42 em janeiro para R$ 1,95 em junho. Mas, em padarias já é possível encontrar o produto da marca Itambé a R$ 3,10. O dado mais recente da Smab (Secretaria Municipal de Abastecimento), da primeira semana de julho, mostra a comercialização do litro a R$ 2,23, 57% mais alto do que em janeiro deste ano.
Para o coordenador do Procon da Assembléia, Marcelo Barbosa, não há justificativas que sustentem as altas impostas ao consumidor. "Nestes casos sempre há explicações de contexto macroeconômico, mas ainda não ouvimos nada de convincente. O Código de Defesa do Consumidor considera prática abusiva elevar o preço do produto sem justa causa", afirmou.
Entretanto, o vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios de Minas Gerais (Silemg), Guilherme Olinto, garantiu que a indústria não aumentou suas margens, informou em reportagem de Cássia Eponine, do jornal Hoje em Dia.
Segundo Lima Neto, a tendência é de novas altas. "Além da entressafra, o setor está sendo influenciado pelo mercado externo. Vivemos uma redução da produção mundial de leite, com a seca na Austrália, excesso de chuva na Argentina, suspensão das exportações da Índia. A expectativa é de crescimento nos preços até setembro, quando deve acontecer a estabilidade", explica o técnico.
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LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE
EM 10/07/2007
Estimativa de custo do litro de leite:
*preço do litro de leite vendido na embalagem UHT (longa vida) no supermercado de Belo Horizonte (MG) é de R$ 2,25 (dia 04/06).
Coleta----------------------- 0,04
Usinagem UHT--18% ------ 0,17
Embalagem+ caixa --------0,45
Lucro usina 5% ------------- 0,10
Frete até varejo------------- 0,05
Vendedor ------------------- 0,04
ICMS ----------------------- 0,12
Lucro Supermercado------- 0,30
TOTAL ----------------------- 1,27
O preço justo para remunerar o produtor seria de R$ 0,98/litro de leite fornecido, e no entanto está previsto de alguns compradores nos pagar R$ 0,73, ou seja uma defasagem de R$ 0,12/litro de leite.
* Os dados extraídos para se chegar ao número R$ 1,27, foram estimados e fornecidos por Cooperativa que atua no mercado de compra de Leite da região da zona da Mata Mineira.
Onde está a parceria das empresas e cooperativas que industrializam e empacotam leite e o produtor rural de leite?
Conclui-se que o produtor rural de leite continua tendo baixa remuneração e sendo penalizado pelo fornecimento do leite para as empresas e cooperativas.
É chegado o momento de nós, produtores, negociarmos unidos com os nossos compradores condições estabelecidas em contratos de maneira a permitir que a nossa remuneração acompanhe o mercado.
A reunião realizada no Hotel Fazenda Pedra Aguda em Providência por um grupo de Produtores Rurais de Leite com a presença do presidente do Sindicato Rural de Leopoldina, colega Salviano Ferraz, deu início a uma nova era no que se refere ao espírito de união e estabelecimento de condições para o fornecimento do leite que produzimos.
Vamos engrossar o nosso movimento, que é democrático e desprovido de vaidades, somente busca a valorização da nossa atividade por meio de uma remuneração justa para ambas as partes, produtor rural de leite e nossos compradores. Vamos dividir nossos esforços para somarmos no final.

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/07/2007
Estamos vivendo um momento de grande expectativa no leite, mas algo me deixa extremamente irritada. São os leiloeiros de gado, que acham que com o aumento do leite, eles podem "esfolar" os que querem aumentar sua produção.
Minha crítica é ressaltar também que eles tentam tanto subir o preco do animal, principalmente se tem boa genética, que para o produtor recuperar esse capital investido, não é tão rápido assim.
Acredito que e esses leiloeiros deveriam deixar os produtores darem seus lances de maneira justa, eles mesmo abrem um leilao dizendo que a vaca deve iniciar com x de parcela.
Eu já comprei animais em leilão no qual caí no conto do vigário. Então, hoje procuro diretamente os produtores, negocio com eles, e assim não tenho esse tipo de problema.
Não pago comissão por comprar no leilao de 8% para essas pessoas que não sabem como é difícil conseguir um rebanho que te dê retorno. Direto com o produtor se tem muito mas vantagens.
Acho também que a comissão do leiloeiro deveria ser paga pelo produtor que quer leiloar seu plantel.
Um abraço,
Mirian

MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/07/2007
Os observadores do Procon deveriam acompanhar as notícias internacionais do leite, que foram difundidas em todos os meios da imprensa escrita e falada, os problemas ocorridos com a expanção da cana em São Paulo, a seca na Austrália, a crise na Venezuela, o Corte dos subsídios em parte da Europa, a chuvas na Argentina, etc.
Que os preços internacionais da tonelada do leite em pó subiram para US$ 5.600.00 (2007), a grande quantidade de liquidações de plantel nos últimos anos, o cruzamento de gado leiteiro com raças de corte, mais cedo ou mais tarde esta falta de produto iria acontecer.
Não se faz uma vaca de um ano para o outro. O Procon deveria sim era se preocupar com a qualidade do leite que a população consome, mandando fazer exame em todos os produtos lácteos (leite, queijos, yogurtes, etc). Se preocupar sim, com o destino da grande quantidade de soro importado, que é exportado pelos países desenvolvidos.