MG: cooperativas tentam driblar a crise da fraude

As principais cooperativas envolvidas na fraude do leite em Minas Gerais estão sofrendo os reflexos da Operação Ouro Branco, da Polícia Federal. Na Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), de Passos, a captação diária caiu de 225 mil litros de leite para 60 mil. O quadro de funcionários também mudou: 60 dos 215 funcionários foram dispensados.

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As principais cooperativas envolvidas na fraude do leite em Minas Gerais estão sofrendo os reflexos da Operação Ouro Branco, da Polícia Federal. Na Casmil (Cooperativa Agropecuária do Sudoeste Mineiro), de Passos, a captação diária caiu de 225 mil litros de leite para 60 mil. O quadro de funcionários também mudou: 60 dos 215 funcionários foram dispensados.

Segundo reportagem de Marcelo Toledo e Jucimara de Pauda, da Folha de S.Paulo, o total captado caiu porque os produtores passaram a enviar o leite para outras empresas, muitos compradores sumiram e fornecedores que vendiam leite sem a qualidade necessária foram eliminados. "Houve uma soma de fatores negativos, com problemas administrativos da empresa e a entrada da safra do leite, que vieram a se somar aos efeitos da operação", afirmou o presidente do novo Conselho de Administração da cooperativa e do Sindicato dos Produtores Rurais de Passos, Leonardo dos Reis Medeiros, lembrando que todos os produtos tiveram a venda prejudicada. O leite B em saquinho tinha venda de até 8 mil litros por dia -hoje caiu para 6 mil.

Já a Copervale (Cooperativa dos Produtores de Leite do Vale do Rio Grande) continua com a produção do longa vida suspensa. "Nossos produtos estão passando por uma fiscalização rigorosa e isso nos garante uma produção de qualidade exemplar", destacou o presidente interino da cooperativa, Antônio Bernardes Neto.

A saída encontrada foi a venda de leite tipo C e de derivados (manteiga, requeijão e doce de leite) e com o direcionamento do leite dos produtores para duas grandes indústrias mineiras.

Dos 1.100 produtores, apenas cinco deixaram a cooperativa, que tem 400 funcionários. "Nossa produção tem girado em torno de 120 mil litros por dia e não caiu. Nossa sorte é a parceria com as indústrias que têm nos dado um respaldo grande e nos garante a sobrevivência", afirmou Bernardes Neto.
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Roberto Cunha Freire
ROBERTO CUNHA FREIRE

LEOPOLDINA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE GADO DE CORTE

EM 26/12/2007

O consumidor está atento e o que está ocorrendo é o mínimo, o MAPA, através dos orgãos fiscalizadores, deveria é ter confiscado os bens de seus Diretores, Presidente dessas cooperativas. Quem está pagando por tudo isso são os empregados que estão sendo demitidos e os produtores rurais de leite em geral, com o descrédito que o produto leite na embalagem UHT alcançou no mercado nacional.

Por que os cooperados produtores rurais de leite dessas cooperativas ainda não entraram com um processo de perdas e danos e lucros cessantes contra essas mesmas cooperativas e seus Diretores e presidentes? Ainda não entendi, creio que os mesmos deveriam já ter feito isso há muito tempo, desde quando ficou comprovado o envolvimento das mesmas na fraude.
Qual a sua dúvida hoje?